Cidade de Mariupol diz que Rússia não está respeitando cessar-fogo
A cidade de Mariupol, no leste da Ucrânia, afirmou que a Rússia não está respeitando o cessar-fogo para a retirada de civis por corredor humanitário. A operação estava prevista para acontecer às 11h (6h no horário de Brasília) e foi adiada.
Em comunicado, Mariupol diz que o cessar-fogo foi confirmado apenas na região de Donetsk e que a Rússia continua a bombardear a cidade e arredores.
"Ao longo do caminho, na região de Zaporizhia, estão ocorrendo combates. Estamos negociando com o lado russo para confirmar o regime de silêncio ao longo de toda a rota de evacuação de civis de Mariupol", informou o primeiro boletim da prefeitura.
No corredor humanitário, seriam disponibilizados ônibus municipais com destino a Zaporizhia. Motoristas poderiam usar o transporte pessoal para o deslocamento.
A cidade de Mariupol está sem energia e água e há relatos de que a Rússia está destruindo infraestrutura civil e bairros residenciais.
Em anúncio na manhã de hoje, o Ministério da Defesa da Rússia confirmou a abertura de corredores humanitários nas cidades de Mariupol e Volnovakha a partir das 10h (5h da manhã no horário de Brasília).
A pasta dizia que os bombardeios seriam interrompidos para que civis pudessem deixar as áreas de confronto.
Hoje, 5 de março, a partir das 10h, horário de Moscou, o lado russo declara um regime de cessar-fogo e abre corredores humanitários para a saída de civis de Mariupol e Volnovakha. Corredores humanitários e rotas de saída foram acordados com o lado ucraniano.
Comunicado do Ministério da Defesa da Rússia
'Não temos escolha a não ser sair', diz prefeito de Mariupol
O prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, pediu que moradores deixem a cidade após a Rússia anunciar a abertura de um corredor humanitário a partir das 11h (6h no horário de Brasília). Ele divulgou um breve comunicado nas redes sociais.
"Caros moradores de Mariupol, a partir de hoje começa a evacuação da população civil na cidade. Não é uma decisão fácil, mas, como sempre disse, Mariupol não são ruas e casas. Mariupol são seus habitantes, somos você e eu. Nossa principal tarefa sempre foi e continua sendo proteger as pessoas."
Nas condições em que nossa cidade está, constantemente sob fogo implacável dos ocupantes, não há outra solução senão permitir que os moradores, isto é, você e eu, deixem Mariupol com segurança.
Comunicado do prefeito de Mariupol, Vadim Boychenko
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