Mulher com dois úteros dá à luz um bebê em cada um, em intervalo de um ano

Uma mulher deu à luz dois bebês gerados em seus dois úteros diferentes em um mesmo ano, no estado da Georgia, nos Estados Unidos. As gestações foram planejadas após ela ser informada de que poderia ter problemas de infertilidade provocados por uma doença.

Caroline Wortman, 30, foi diagnosticada aos 18 anos com uma má-formação congênita chamada útero didelfo, que faz com que a mulher tenha duas cavidades uterinas "completas", formadas por trompa, ovário e colo do útero.

Relacionadas

Passageiro de 10 anos faz falso alerta de ameaça e causa pânico em avião

Ilusão de ótica ou montagem? Internet tenta explicar o 'cão decapitado'

Vaca foge de abate, invade loja e causa tumulto: 'Levou tudo pela frente'

A condição rara afeta cinco em cada mil mulheres no mundo e torna as gestações arriscadas, com possibilidade de mais de 30% de um aborto espontâneo, o dobro da chance de uma gestação "normal".

"Honestamente, quando descobri, eu apenas dei de ombros. Não tinha noção das implicações. Perguntei ao médico o que significava ter dois úteros e lembro dele me falar que talvez eu me tornasse estéril, ou, se engravidasse, poderia ter uma gestação complicada ou de alto risco", afirmou em entrevista ao jornal britânico South West News Service.

Caroline casou no fim de 2019 e começou a tentar engravidar. Alguns meses de tentativa foram necessários até que ela descobrisse a primeira gestação, no primeiro semestre de 2020.

A primogênita da família, Josie, nasceu no dia 2 de janeiro de 2021. Quando a menina tinha seis meses de vida, Caroline descobriu que estava com 10 semanas de gestação do seu segundo filho.

"O feto era pequeno o suficiente para vermos em qual útero ele estava. Enquanto Josie foi gerada no direito, Brooks foi gerado no esquerdo", contou à agência.

O menino nasceu prematuro, após 33 semanas de gestação, no dia 26 de dezembro de 2021, mas passa bem e recebeu alta do hospital alguns dias depois.

Agora, Caroline usa as redes sociais para falar sobre fertilidade com outras mulheres.

"Ser estéril e pensar que você pode ser estéril são duas coisas drasticamente diferentes, mas eu só encorajaria mulheres a não desistirem se elas querem se tornar mães, não aceitem a palavra do médico como um ultimato", disse a mãe.