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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Zelensky acusa Rússia de tortura por ataques a corredores humanitários

Do UOL, em São Paulo

09/03/2022 06h01Atualizada em 09/03/2022 06h48

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de tortura por ataques aos corredores humanitários que permitem a evacuação de civis e o envio de produtos e medicamentos a cidades atacadas por tropas russas.

"Os invasores atiram em rotas de evacuação. Eles bloqueiam a entrega de equipamentos essenciais e medicamentos ao povo. O que eles querem? Que os ucranianos tirem das mãos dos invasores. Isso é tortura deliberada e sistemática, organizada pelo Estado. É cruel com todos os cidadãos", disse Zelensky em vídeo publicado nas redes sociais.

Apesar da acusação, ele garantiu que as cidades ucranianas atacadas continuarão recebendo mantimentos. "Os carregamentos continuarão chegando. Não importa quantas balas os parem. Corredores humanitários ainda vão funcionar", completou o presidente ucraniano.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Zelensky ainda agradeceu às medidas pelos Estados Unidos e o Reino Unido de banir a importação de petróleo, gás e carvão da Rússia e pediu que o mundo siga o exemplo desses dois países.

"É muito simples: cada centavo pago à Rússia se torna bala ou míssil que sobrevoam territórios estrangeiros. Ou a Rússia respeita a lei internacional e não incentiva guerras, ou ela não terá mais dinheiro para começá-las. Não é só pelo dinheiro. Um banimento da compra do petróleo da Rússia vai enfraquecer o estado terrorista economicamente, politicamente e ideologicamente", afirmou.

Por fim, o presidente da Ucrânia ainda cobrou que a Rússia comece a fazer "negociações honestas". "Nós precisamos sentar à mesa de negociação para discussões honestas, substantivas e pelo interesse do povo, e não por ambições obsoletas e assassinas", disse Zelensky.

Novo ataque em Sumy deixou 22 mortos

De acordo com informações do governo local, um novo bombardeio em Sumy, localizada a cerca de 330 quilômetros de Kiev, deixou 22 pessoas mortas. Segundo o chefe da administração militar regional, Dmytro Zhyvytsky, entre os mortos estão três crianças. Outras oito pessoas ficaram feridas, incluindo uma menina de cinco anos.

Outro ataque a um prédio residencial na vila de Bytytsya, também na noite de ontem, deixou mais uma pessoa morta e outra ferida, informou o Zhyvytsk. Uma terceira bomba também foi lançada em um centro recreativo em Sumy, mas, nesse caso, não houve registro de mortos. Quatro pessoas ficaram feridas.