Rússia nega que roupas amarelas de cosmonautas sejam em apoio à Ucrânia

A Rússia descartou que cosmonautas do país tenham usado roupas amarelas com detalhes em azul para mostrarem solidariedade à Ucrânia.

"Alguns bandidos covardes e seus patrocinadores anglo-saxões não sabem mais o que inventar em suas guerras de informação contra a Rússia", disse o chefe da Roscosmos, a agência espacial russa, em referência à cobertura da mídia sobre o caso. A informação é da CNN.

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O comandante da operação Oleg Artemyev disse que cada equipe escolheu as cores cerca de seis meses antes do lançamento porque os trajes precisavam ser costurados individualmente, informou o jornal britânico The Guardian.

Segundo a publicação, ele acrescentou que eles foram escolhidos porque todos os três se formaram na Bauman Moscow State Technical University e, portanto, escolheram as cores de sua prestigiada alma mater.

Fechados com Putin

Em comunicado no canal Telegram da agência espacial russa, Artemyev disse: "Não há necessidade de procurar por sinais ou símbolos ocultos em nosso uniforme. Uma cor é simplesmente uma cor. Não está de forma alguma ligado à Ucrânia. Caso contrário, teríamos que reconhecer seus direitos ao sol amarelo no céu azul", disse.

"Hoje em dia, embora estejamos no espaço, estamos juntos com nosso presidente e nosso povo."

'Muito material amarelo'

Quando os três cosmonautas chegaram à estação espacial na sexta-feira, eles falaram com os interlocutores ao telefone, um dos quais perguntou sobre a cor amarela, o comandante Artemyev, respondeu: "Na verdade, tínhamos muito material amarelo, então tivemos que usar Então é por isso que tivemos que usar amarelo". A informação é da CNN.

Os três cosmonautas passarão os próximos seis meses e meio a bordo da estação espacial.

Dmitry Rogozin, chefe da agência espacial Roscosmos, twittou uma foto do brasão azul e dourado da universidade. "Às vezes amarelo é só uma cor", escreveu ele, em russo.

Guerra continua

A Rússia iniciou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro em resposta a chamadas das regiões separatistas ucranianas das repúblicas populares de Donetsk e Luhansk para proteção contra a intensificação dos ataques das tropas ucranianas.

O Ministério da Defesa russo disse que a operação especial visava apenas a infraestrutura militar ucraniana e que a população civil não estava em perigo. Moscou disse repetidamente que não tem planos de ocupar a Ucrânia e apenas busca "desmilitarizar" e "desnazificar" o país.

As nações ocidentais impuseram severas sanções à Rússia após a invasão e levantaram protestos contra os "crimes de guerra" russos e a crise humanitária na Ucrânia.