'Emocionalmente abalados', diz brasileira que sumiu após fuga de Mariupol
A brasileira imigrante na Ucrânia que ficou desaparecida durante quase 1 mês após o início do conflito com a Rússia declarou nas redes sociais que conseguiu deixar o país e que sua família passa bem, apesar de se dizer abalada com toda a situação.
Em seu perfil no Instagram, a paraibana Silvana Pilipenko, 53, compartilhou um vídeo para dar atualizações sobre a sua situação como refugiada.
"Nós saímos do território ucraniano faz dois dias, estamos na Crimeia, em um pequeno vilarejo", explicou. "Por causa do carinho de vocês e da preocupação, eu me senti no dever e na responsabilidade de dizer a vocês que nós estamos bem".
Na publicação, Silvana afirmou que, apesar do alívio de ter saído da Ucrânia em meio a escalada de violência, ela e seus familiares se sentem chocados depois de enfrentarem dificuldades para deixar a casa onde moravam em Mariupol, uma das cidades mais devastadas pelos ataques das tropas russas. Mas, se sentiu confortada pelas orações dos internautas por segurança e bem-estar.
"Eu, minha sogra e meu marido estamos fisicamente bem, mas emocionalmente abalados. Precisamos de um tempo para nos reconstruirmos. Foram dias difíceis, mas agradeço por cada oração de vocês e pelo empenho de vocês, que foram parte fundamental para que a nossa saída de lá tivesse êxito", disse.
A paraibana também lamentou pelo conflito e, principalmente, pelos civis que ainda vivem em meio ao fogo cruzado e por aqueles que tiveram que pegar em armas para enfrentar os invasores.
"Eu peço a cada um de vocês que continue orando pelo povo ucraniano, porque é uma situação muito delicada, e quem ainda está lá não vê muitas saída, não tem muitas escolhas. Então, continue orando para que as pessoas sejam fortes, continuem existindo e sobrevivendo a essa guerra".
Por outro lado, Silvana esclareceu que pretende voltar para o Brasil, mas ainda não tem certeza de quando isso vai acontecer. "Em breve nós estaremos no Brasil, ainda não temos data definida, mas eu penso que em breve estaremos aí".
Momento de tensão
Logo depois de o presidente russo Vladimir Putin ordenar a invasão militar à Ucrânia, em 23 de fevereiro, Silvana Pilipenko fez contato com seus parentes no Brasil em 2 de março, para dar notícias sobre a sua situação no país.
Nos primeiros momentos da guerra, ela compartilhou em seu Instagram um vídeo com sons de bombardeios em Mariupol, onde residia com o marido, Vasily Pilipenko, o filho, Gabriel, e a sogra de 86 anos.
Em um vídeo compartilhado com a imprensa paraíbana, Silvana explicou que não conseguia deixar sua casa para escapar dos bombardeios, pois a sogra estava bastante fragilizada em razão da idade, e teria dificuldades para enfrentar uma longa e complicada travessia para a fronteira.
Após quase 30 dias sem receber informações, os familiares brasileiros se desesperaram. Até que o filho de Silvana confirmou ao jornal O Globo na terça-feira (29) que os pais e a avó finalmente conseguiram sair do território ucraniano e se dirigiram para a Crimeia, anexada pela Rússia desde 2014.
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