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Em novo recado, Zelensky promete moradia a famílias e militares ucranianos

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky - Presidência da Ucrânia/via Reuters
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky Imagem: Presidência da Ucrânia/via Reuters

Do UOL, em São Paulo*

16/04/2022 20h47

Em novo comunicado emitido na noite de hoje, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometeu um plano de habitação para os ucranianos. Ele afirmou que irá reconstruir moradias destruídas e fornecerá casas para famílias impactadas pela guerra e para militares.

Na opinião de Zelensky, é uma oportunidade de corrigir antigos problemas ucranianos e, por isso, também prometeu moradia aos ucranianos que estão na fila há anos aguardando por uma habitação própria.

"A fila de habitação existe há décadas e nunca acabou. Ela existe desde os tempos soviéticos. Milhões de pessoas sabem como é difícil conseguir uma casa, ganhar a vida, construir uma casa", afirmou o presidente em comunicado noticiado pelo portal ucraniano Ukrainska Pravda.

O planejamento será dividido em três etapas. Segundo Zelensky, a primeira será dar nova moradia ou indenizar as famílias que tiveram suas casas destruídas pela guerra com a Rússia. O segundo passo é reconstruir as habitações que foram destruídas e, na terceira etapa, dar moradia àqueles que "defenderam ou estão defendendo o Estado, que trabalharam ou estão trabalhando no interesse da sociedade e não possuem moradia própria".

"Não pode mais ser o caso de uma pessoa dedicar toda a sua vida ao serviço militar, mas se aposentar sem ter seu próprio apartamento", disse o presidente ucraniano.

Mais cedo, Zelensky comentou a situação de Mariupol e disse que "a eliminação" de soldados ucranianos em Mariupol "acabaria com qualquer negociação de paz" com Moscou. O Ministério da Defesa da Rússia anunciou na noite de hoje ter dominado toda a área urbana da cidade de Mariupol, desbancando forças militares ucranianas.

"A única chance deles salvarem suas vidas é abaixar voluntariamente suas armas e se render", disse o major-general russo Igor Konashenkov.

Os russos também intensificaram neste sábado os ataques aos arredores de Kiev, capital da Ucrânia, e foram registrados ataques na região de Lviv, perto da fronteira com a Polônia. Neste 52º dia de guerra, o Kremlin também anunciou que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está proibido de entrar em território russo.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Capital sob ataque

De acordo com o prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, ao menos uma pessoa foi morta nas explosões mais recentes no distrito de Darnytskyi. Ele também fala em feridos, que ainda estão sendo contabilizados e atendidos em um hospital da região. Os ataques russos a Kiev têm sido raros desde o final de março, quando as tropas saíram da capital para se concentrar no leste ucraniano.

O Ministério de Defesa da Rússia afirma que utilizou armas de longo alcance e alta precisão para atacar um prédio militar no distrito. De acordo com os russos, o local era uma oficina para equipamentos militares.

Ontem, os russos haviam prometido aumentar os ataques na região após o bombardeio a uma vila russa e o naufrágio do navio Moskva, símbolo da frota russa no Mar Negro.

"O número e a magnitude dos ataques com mísseis em locais de Kiev aumentarão em resposta a todos os ataques e sabotagens do tipo terrorista realizados em território russo pelo regime nacionalista de Kiev", disse ontem o Ministério da Defesa da Rússia.

*(Com informações da RFI, Reuters e AFP)