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Homem é espancado nos EUA pela família do namorado por 'torná-lo gay'

Família Makarenko, acusada de espancar e cegar o namorado do filho na Flórida (EUA) - Reprodução/YouTube/WFOR
Família Makarenko, acusada de espancar e cegar o namorado do filho na Flórida (EUA) Imagem: Reprodução/YouTube/WFOR

Do UOL, em São Paulo

23/04/2022 22h03

Um homem foi espancado por familiares do seu namorado nos Estados Unidos por dizerem acreditar que ele "tornou" o filho homossexual. De acordo com documentos revelados pelo jornal The Washington Post, os ferimentos o deixaram cego.

O caso aconteceu na Flórida, ao sul do país, em agosto do ano passado. A promotoria estadual alega que os pais Yevhen, 43, e Inna, 44, Makarenko e os filhos Vladyslav, 25, e Oleh, 21, prenderam o namorado de Oleh, 31, no apartamento da família em Pompano Beach e o espancaram. Depois, o deixaram na piscina desacordado.

De acordo com o depoimento da vítima, o motivo para o crime foi a rejeição da família por Oleh namorar outro homem. No depoimento, o homem diz que eles namoravam havia cerca de nove meses.

"Ele [a vítima] declarou que a razão para o ataque foi por ele ser homossexual, namorar Oleh e a família achar que ele fez Oleh 'virar' homossexual", diz o documento da promotoria da Flórida, segundo o Post.

A identidade da vítima não foi revelada. No depoimento, o homem disse que a agressão começou após ele ter falado a Inna, mãe de Oleh, que o filho é homossexual.

Os quatro membros da família, incluindo Oleh, foram indiciados por tentativa de homicídio em primeiro grau, roubo e sequestro. A agressão também foi considerada "crime de ódio", o que significa que, segundo as leis da Flórida, caso sejam condenados, podem pegar prisão perpétua.

De acordo com a promotoria, "o homem foi severamente espancado por causa da sua orientação sexual", como justificativa para classificar como crime de ódio. Ainda segundo os documentos revelados pelo jornal norte-americano, ele ficou tão ferido que teve a visão prejudicada.

O advogado de defesa, Michael Glasser, disse ao canal de televisão WFOR que a família nega as acusações e que a credibilidade da vítima deveria ser questionada por causa do tempo que levou para prestar queixa, cerca de seis meses.