China exalta relação com Rússia: 'Supera mentalidade da Guerra Fria'
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, exaltou a relação do país com a Rússia, em um momento em que potências ocidentais pressionam Pequim para condenar a guerra na Ucrânia.
"Uma conclusão importante do sucesso das relações entre a China e a Rússia é que ambos os lados superam o modelo de aliança política e militar da era da Guerra Fria, e se comprometem a desenvolver um novo modelo de relações internacionais com base em não confrontar e não atacar outros países", disse Lijian durante uma coletiva de imprensa.
"Isso é fundamentalmente diferente da mentalidade de Guerra Fria por trás dos esforços de alguns países por panelinhas e jogos de soma-zero [em teoria econômica, situação em que um lado deve perder para outro poder ganhar]", continuou.
China e EUA têm posições conflitantes sobre a guerra na Ucrânia por conta da parceria próxima entre Pequim e Moscou. O primeiro, inclusive, evita usar o termo guerra, assim como deseja a Rússia, que chama a invasão de "operação militar especial".
Os chineses tentam manter uma postura neutra, defendendo que deve haver respeito "à integridade territorial de cada nação soberana", mas dizendo que as preocupações da Rússia sobre segurança "são legítimas".
Do outro lado, os norte-americanos lideram na imposição de sanções políticas, financeiras e econômicas contra os russos e ajudam os ucranianos a se defenderem belicamente. Além disso, a Casa Branca já se manifestou formalmente sobre o temor de que Pequim ajude a Rússia com o fornecimento de armas - algo negado pelos chineses - e pediu que o presidente Xi Jinping exerça a sua influência para fazer com que o presidente russo, Vladimir Putin, encerre a guerra.
Em um telefonema no mês passado, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que haveria consequências caso a China apoiasse a Rússia. Xi respondeu que "conflitos militares não interessam a ninguém" e que a "crise ucraniana não é algo que queríamos ver acontecer", de acordo com a emissora estatal chinesa "CCTV".
*Com informações da Ansa
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