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Preso por tráfico na Tailândia fala com os pais após 2 meses e pede Bíblia

Jordi Beffa foi preso em 14 de abril; ele diz que espera audiência com juiz nos próximos dias - Reprodução/TV Globo
Jordi Beffa foi preso em 14 de abril; ele diz que espera audiência com juiz nos próximos dias Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

06/05/2022 15h11Atualizada em 06/05/2022 15h11

Jordi Beffa, preso em 14 de fevereiro em Bangkok, na Tailândia, suspeito de tráfico de drogas, conseguiu falar com a família pela primeira vez, após mais de dois meses. A ligação aconteceu na madrugada de ontem, mesmo dia em que a Polícia Federal efetuou a prisão da mulher suspeita de aliciá-lo para levar cocaína até o país asiático.

O homem, de 24 anos, não aparece nas imagens que mostram a brasileira Mary Hellen Coelho, 22, e outro homem no aeroporto de Curitiba, ao lado da suposta mandante, mas as investigações apuram se ele também teria sido cooptado pela mesma mulher.

Jordi, que ainda não tem defesa na Tailândia por causa dos altos custos do serviço, foi flagrado com 6,5 kg de cocaína escondidos em uma mala ao desembarcar na cidade tailandesa. Foi o advogado da família no Brasil, Petrônio Cardoso, que deu detalhes sobre a primeira comunicação dele com os pais, às 4h da manhã de ontem, em Apucarana, no Paraná.

A ligação "muito emocionante" durou cinco minutos, afirmou o profissional em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no estado.

"O filho relatou que, na medida do possível, está sendo muito bem tratado pelas autoridades tailandesas, que recebeu a carta da mãe e pediu que a mãe mandasse para ele uma Bíblia, para que ele pudesse refletir sobre todo esse momento", detalhou Cardoso.

O rapaz, que trabalhava em uma fábrica de confecções e morava com os pais na cidade paranaense, ainda relatou que "há uma possibilidade de ser ouvido por um juiz na Tailândia na próxima semana", no que seria sua primeira interação com as autoridades asiáticas desde a prisão.

O advogado afirmou à RPC que o objetivo é conseguir a deportação para que Jordi responda pelo crime de tráfico no Brasil.

A defesa admite que ele pode ter sido cooptado pela mulher presa ontem pela Polícia Federal, por mais que ele não aparece nas imagens já que viajou em um voo diferente.