Biden vai receber governantes de Suécia e Finlândia para tratar da Otan
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, receberá os líderes da Suécia e da Finlândia na Casa Branca, na quinta-feira (19), após o pedido destes países para ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte ), em meio à invasão russa da Ucrânia.
O Parlamento da Finlândia aprovou hoje a proposta do governo para que o país se candidate a entrar na aliança militar. Também hoje a ministra sueca das Relações Exteriores, Ann Linde, assinou a carta em que o país irá solicitar para a adesão à organização.
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean, informou que o presidente finlandês, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, vão se reunir com Biden para discutir "as candidaturas à Otan e a segurança europeia", assim como "o fortalecimento das nossas estreitas parcerias em uma variedade de questões globais e o apoio à Ucrânia".
Para ingressar na Otan, os países precisam da aprovação unânime dos Estados-membros, e o único a se opor publicamente é a Turquia, que acusa ambos de dar abrigo a supostos "terroristas" curdos. No entanto, os outros integrantes da aliança já se mostraram confiantes de que podem convencer o governo turco a não vetar Finlândia e Suécia.
"Escutei palavras razoáveis da Turquia nos últimos dias, ela está aberta ao diálogo", disse na última segunda-feira o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.
O movimento é decorrente da guerra russa no território ucraniano, que hoje entrou em seu 83º dia. Suécia e Finlândia são integrantes da União Europeia, mas historicamente se mantiveram neutros entre o Ocidente e a Rússia.
No entanto, a invasão à Ucrânia os fez repensar seu status de neutralidade, principalmente a Finlândia, que compartilha 1,3 mil quilômetros de fronteira com o território russo. A Suécia vinha se mostrando mais reticente, porém a adesão finlandesa a tornaria o único país do Mar Báltico fora da Otan.
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, afirmou que não considera a entrada dos dois países escandinavos na Otan como uma "ameaça", porém alertou que a resposta de Moscou dependerá da presença militar da aliança pelos territórios sueco e finlandês.
* Com AFP e Ansa
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