Queda de avião chinês com 132 a bordo pode ter sido proposital, diz jornal
Dados da caixa preta do Boeing 737-800 da China Eastern Airlines, que caiu com 132 pessoas a bordo em março, indicam que alguém na cabine de comando pode ter derrubado a aeronave propositalmente no meio do voo. As informações são do jornal norte-americano "Wall Street Journal", que conversou com fontes que leram um relatório preliminar produzido sobre o acidente.
De acordo com os dados, alguém teria puxado os controles no meio do voo para forçar que o avião ficasse com o "nariz" virado para o solo.
Uma das pessoas consideradas "suspeitas" na análise é o piloto do avião no momento da queda, mas a possibilidade de que alguém que estava na aeronave tenha invadido a cabine também é analisada.
As informações iniciais da caixa preta podem ajudar a explicar a queda repentina de altitude da aeronave, registrada pelo FlightRadar24 no dia da queda.
Segundo o serviço de monitoramento, o avião estava em cruzeiro a uma altitude de 29.100 pés (8,8 mil metros) às 4h20, pelo horário de Brasília. Pouco mais de dois minutos depois, os dados de monitoramento mostram que ele caiu para 7.425 pés (2,2 mil metros) e subiu para 9.075 pés de altitude (equivalente a 2,76 mil metros).
Nos 20 segundos que se seguiram, a última altitude rastreada do avião foi de 3.225 pés (pouco mais de 980 metros), indicando uma descida vertical a 17,67 mil pés por minuto, o equivalente a aproximadamente 5,4 km/min ou 323 km/h.
A reportagem da revista "Forbes" entrou em contato com a Boeing, empresa responsável pela fabricação do avião que caiu, que não se posicionou sobre a investigação. A China Eastern Airlines, por sua vez, afirmou que é "improvável" que alguém tenha invadido a cabine do piloto, já que ninguém enviou mensagens de emergência ou pedindo socorro antes do avião cair.
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