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Biden reforça importância da Otan após reunião com Finlândia e Suécia

A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, com o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, fala no Rose Garden após uma reunião na Casa Branca em Washington - Mandel Ngan/AFP
A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, com o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, fala no Rose Garden após uma reunião na Casa Branca em Washington Imagem: Mandel Ngan/AFP

Do UOL, em São Paulo

19/05/2022 12h16Atualizada em 19/05/2022 12h31

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reforçou, hoje, seu apoio à entrada da Finlândia e da Suécia à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e disse que a aliança militar "é mais necessária agora do que nunca".

Biden recebeu os líderes dos dois países na Casa Branca com grande pompa e garantiu que ambos cumprem "todos os requisitos" para entrar na Aliança Atlântica.

"Eles atendem a todos os requisitos da Otan e mais alguns", disse Biden, oferecendo o "apoio total e completo dos Estados Unidos".

Foram necessárias sete décadas para que a Otan se mostrasse uma aliança indispensável. Nos anos recentes as dúvidas começaram a surgir 'será que a Otan é relevante? Será que ela ainda é eficaz? Será que ainda é necessária no mundo do século 21?'. Hoje não há dúvidas de que a Otan é relevante, é eficaz e é mais necessária agora do que nunca Joe Biden, presidente dos EUA

O apoio de Washington representa uma ruptura histórica com sua posição de não alinhamento.

Ontem, finlandeses e suecos apresentaram o pedido para entrar na Otan, um movimento que é decorrente da invasão promovida pelo presidente russo Vladimir Putin à Ucrânia, que hoje completa 85 dias. Com a decisão de candidatarem-se à aliança militar, os dois países abandonaram uma histórica neutralidade na região, o que gerou reações da Rússia, indicando que poderá haver "respostas".

A autorização do Congresso americano deve ser mera formalidade, já que não há divergências entre a classe política neste caso.

Washington informou que a Suécia e a Finlândia já se beneficiam da proteção militar dos EUA, sem dar detalhes exatos.

"Enquanto suas aplicações estão sendo consideradas, os Estados Unidos trabalharão com a Finlândia e a Suécia para permanecer vigilantes a qualquer ameaça à nossa segurança comum e para impedir e responder a qualquer agressão ou ameaça de agressão", disse Biden.

Turquia é contra

Para que os dois países possam ingressar na Otan, é preciso que todos os membros concordem. A Turquia tem se mostrado como principal entrave para que isso aconteça. O governo Biden garante, no entanto, que esse obstáculo será removido graças, principalmente, aos esforços de mediação americanos.

Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, comentou que a aliança militar responderá às "preocupações" expressas pela Turquia.

"É claro que responderemos às preocupações expressas pela Turquia" para chegar a "um acordo para avançar", disse Stoltenberg.

O presidente da Turquia, Recep Erdogan, reforçou hoje que seu país não quer a entrada de Suécia e Finlândia na Otan. Erdogan também declarou que não pretende abrir mão da relação com Putin em razão da guerra.

O governo turco acusa a Finlândia, e especialmente a Suécia, de ser um santuário para "terroristas", referindo-se tanto aos membros do guerrilheiro PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), atuante na Turquia e reconhecido pelos EUA e União Europeia como terrorista. "Esses países abrigam o Partido dos Trabalhadores do Curdistão."

* Com AFP