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EUA: Filho de brasileira que admitiu ter matado a mãe alega insanidade

Adriana Ohlson, 48, era natural do Recife; caso aconteceu na madrugada de 8 de abril - Reprodução/Redes sociais
Adriana Ohlson, 48, era natural do Recife; caso aconteceu na madrugada de 8 de abril Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

24/05/2022 09h51Atualizada em 24/05/2022 14h27

Um jovem de 18 anos alegou insanidade e se diz inocente após ser preso por matar a própria mãe, que era brasileira, em Pensacola, na Flórida (EUA). David Allan Ohlson admitiu à polícia ter dado um tiro de espingarda em Adriana Ohlson, 48, em 8 de abril, e está detido sem direito à fiança desde então, segundo o jornal americano Pensacola News Journal.

Sharon Wilson, advogado de Allan, apresentou uma moção ao tribunal para contar com uma defesa de insanidade. Segundo a moção, há cinco particularidades do réu que devem ser levadas em conta: transtorno psicótico diagnosticado com alucinações e delírios, transtorno de humor, processos mentais gravemente prejudicados, transtorno de adaptação e controles cognitivos, emocionais e de personalidade reduzidos. Médicos locais serão listados como testemunhas.

O jovem admitiu que atirou no abdômen da mãe e disse que "de todas as pessoas em que ele planejava atirar, ele não esperava que sua mãe fosse uma delas". Ele confessa estar triste, porque seus pais haviam se separado recentemente e ele acreditava que sua mãe iria embora.

Aaron Ohlson, 43, pai do rapaz, viu tudo acontecer e relatou que o ocorrido foi "acidental". Ele contou que estava separado da esposa, mas foi até a casa de Allan e Adriana naquele dia, porque ela pediu ajuda devido ao filho estar com uma espingarda. Allan teria descarregado a arma quando o pai chegou, mas acabou colocando uma bala e atirou na mãe em seguida.

O xerife do condado de Escambia, Chip Simmons, relatou que a arma estava em um cofre da casa, mas Allan teve acesso ao objeto. Simmons disse não saber se havia outras armas na casa, porém um ex-colega de classe do jovem, Zavian Johnson, 19, relembrou que atirar era um passatempo que o acusado e o pai tinham.

Johnson disse que eles adoravam armas. "Seu pai estava tentando fazer coisas viris com ele, como levá-lo para pescar ou atirar em algum lugar. Seu pai o ensinou a atirar com muitas armas, eles têm uma longa história e faziam muitas coisas de pai e filho juntos. Eles eram muito próximos. Ele era mais próximo do pai do que da mãe".

Johnson conheceu Allan na escola e se diz chocado pelo caso, pois o garoto era uma pessoa engraçada e que amava os pais. Nos últimos tempos, o amigo do réu contou que o rapaz estava mais retraído, tanto que parou de ser ativo no grupo de bate-papo online ou de jogar videogame. Ele disse que Allan também estava estressado com o fato de seus pais quererem que ele se tornasse mais independente depois que ele completasse 18 anos, em agosto de 2021.

Tristan Michael também conheceu Allan no colégio e falou que eles eram melhores amigos até o comportamento do colega mudar para pior. "Sua mãe fez tudo por ele, não importa o que fosse, ela amava aquele menino. Ele xingava sua mãe. Honestamente, é horrível essa confusão. Sua mãe deveria ser o mundo dele, ela era uma ótima pessoa".