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Prefeito da Ucrânia é investigado por 'trocar de lado' e apoiar a Rússia

Denis Pushilin (à esquerda), líder da região separatista de Donetsk, e Volodymyr Bandura (à direita), prefeito da cidade ucraniana de Sviatohirsk. - Reprodução/Telegram
Denis Pushilin (à esquerda), líder da região separatista de Donetsk, e Volodymyr Bandura (à direita), prefeito da cidade ucraniana de Sviatohirsk. Imagem: Reprodução/Telegram

Do UOL, em São Paulo

14/06/2022 20h23Atualizada em 14/06/2022 20h31

A Procuradoria-Geral da Ucrânia divulgou hoje que o prefeito da cidade ucraniana de Sviatohirsk, Volodymyr Bandura, é alvo de investigação por traição, prevista na lei marcial, por "mudar de lado" e passar a propagar ideias da Rússia após a invasão do país.

Segundo nota divulgada pela Procuradoria-Geral da Ucrânia, a suspeita de traição foi relatada pelo chefe do gabinete do procurador regional da região separatista de Donetsk, que é pró-Rússia e fica no leste da Ucrânia. A nota aponta que o prefeito "teria passado para o lado do inimigo" e espalhado na mídia "um apelo no qual promovia as ideias de 'paz russa'".

"O suspeito também expressou gratidão aos militares das Forças Armadas da Rússia, que capturaram a cidade pacífica", informa a nota.

O texto da procuradoria-geral ainda aponta que Bandura teria aceitado o convite de Denis Pushilin, líder da região separatista de Donetsk, para seguir com a gestão da cidade de Sviatohirsk, mesmo após a tomada do local pelos russos. Essa ação, aponta a Ucrânia, "prejudicou a soberania, integridade territorial e inviolabilidade, Estado, economia e segurança da informação do país".

Ontem, a conta oficial do governo ucraniano no Telegram postou uma foto de Bandura (no topo da matéria) sentado em uma mesa com Denis Pushilin e lhe acusou de traição. No encontro, segundo a Ucrânia, teria ocorrido o convite para o prefeito seguir com a gestão da cidade sob as mãos dos russos.

"Traidor Bandura, memorize este parágrafo que você ouvirá muitas vezes mais: 'A ocupação voluntária por um cidadão da Ucrânia de um cargo relacionado ao desempenho de funções organizacionais ou administrativas em autoridades ilegais estabelecidas no território temporariamente ocupado é passível de prisão de 5 a 10 anos, proibição do direito de exercer determinados cargos ou atividades por um período de 10 a 15 anos e com confisco de bens", concluiu a mensagem.