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Garoto causa explosão e se queima ao tentar experimento com 'ouro de tolo'

Barrett McKim, de 12 anos, tentava aquecer o mineral em casa quando o acidente aconteceu - Reprodução/ Kyle McKim
Barrett McKim, de 12 anos, tentava aquecer o mineral em casa quando o acidente aconteceu Imagem: Reprodução/ Kyle McKim

Colaboração para o UOL, de São Paulo

07/07/2022 14h32Atualizada em 08/07/2022 08h28

Um norte-americano de 12 anos sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus ao realizar um experimento científico em casa. Segundo o New York Post, o caso ocorreu na cidade de Highlands, na Carolina do Norte.

Barrett McKim sempre foi apaixonado por ciências e, há anos, costuma realizar diversos tipos de experimentos em casa. Sendo o segundo filho dos McKim, Barrett recebe educação domiciliar e, no dia 23 de junho, estava em casa com sua mãe, passando as férias de verão junto de seus quatro irmãos.

De acordo com Kyle McKim, o pai do garoto, tudo aconteceu enquanto Barrett realizava um experimento com "ouro de tolo". Com base em textos que leu, o menino tentava fazer com que a pirita brilhasse ou mudasse de cor. Para isso, os pais acreditam que ele tentava aquecer o mineral usando álcool isopropílico como acelerador.

Foi neste momento que uma explosão aconteceu. Como Barrett estava sozinho na sala da casa, não se sabe exatamente o que causou o acidente. "Não sabemos se isso foi provocado por uma das faíscas das rochas ou algo com o bico de Bunsen", disse Kyle.

Conhecida como 'ouro de tolo' ou 'ouro de gato', a pirita é um mineral do enxofre composto por dissulfeto de ferro. Seu nome, vindo do grego, faz referência às faíscas liberadas pela pirita quando ela é atingida por alguma ferramenta. Quando aquecido, o mineral, que também é usado em armas de fogo, pode liberar um gás venenoso, o dióxido sulfúrico.

Depois da explosão, logo que Barrett foi atingido pelas chamas, a mãe do garoto irrompeu pela sala, tentando salvar a vida de seu filho. Com o cômodo pegando fogo, ela levou o menino para uma pia e tentou despi-lo da camiseta sintética que usava. Em seguida, encharcou o filho com água gelada.

A mulher sofreu queimaduras nas mãos, mas conseguiu salvar Barrett e chamar a polícia. "Quando cheguei lá, ela ainda estava encharcando ele com água", contou o pai do garoto. "Desde o momento em que entrei em casa, quando Barrett estava gritando de dor, ele queria que eu lhe dissesse a verdade, perguntando se ele iria morrer."

Barrett foi levado às pressas para um campo de futebol a cerca de seis quilômetros do local. De lá, foi encaminhado de helicóptero até o Centro de Queimaduras JMS, do Doctors Hospital, em Augusta, na Geórgia.

Já no hospital, os médicos verificaram que 50% do corpo de Barrett ficou ferido, sendo que 20% são queimaduras de terceiro grau e 30% são de segundo grau. Os ferimentos, nesse sentido, estão espalhados pelo rosto, torso, braços, mãos, ombros, coxas e joelhos do menino.

Desde então, Barrett já passou por três cirurgias e recebeu enxertos de pele temporários, que foram retirados de cadáveres. Enquanto a equipe médica procura uma nova pele para o menino, seus pais agradecem o fato de que Barrett estava usando óculos para realizar o experimento e, assim, seus olhos não foram atingidos.

Provavelmente levará um ano ou mais antes que Barrett volte ao ritmo das coisas. Os médicos realmente acreditam que seu rosto vai se curar completamente. E isso é uma verdadeira bênção [...] Ele está indo bem, mas é difícil de assistir. Kyle McKim, pai de Barrett

O assustador resultado dos experimentos de Barrett chamou atenção nas redes sociais e diversas mensagens de apoio foram enviadas ao menino. A plataforma GoFundMe, inclusive, arrecadou mais de US$ 72.000 para custear o tratamento do garoto, que ainda deve ficar alguns meses no hospital.