Zelensky diz que pediu a Bolsonaro apoio a sanções contra a Rússia
Líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky afirmou hoje que pediu ao presidente Jair Bolsonaro (PL) apoio do governo brasileiro às sanções impostas contra a Rússia em virtude da guerra na região. A Ucrânia, nação com cerca de 40 milhões de pessoas, está sob ofensiva do gigante europeu —que tem pouco mais de 146 milhões de habitantes— desde fevereiro.
Essa foi a primeira vez que Bolsonaro conversa com Zelensky desde o início da guerra na Ucrânia. O brasileiro por várias vezes se declarou "neutro" em relação ao conflito iniciado pela Rússia. Ele também foi criticado por viajar à Rússia e se encontrar com Vladimir Putin pouco antes do início da agressão.
Tive uma conversa com o presidente do Brasil. Informei sobre a situação no fronte. Discutimos a importância da retomada da exportação dos grãos ucranianos para prevenir uma crise global de alimentos provocada pela Rússia. Eu pedi para todos os parceiros apoiarem as sanções contra o agressor
Volodymyr Zelensky, em postagem no Twitter
Bolsonaro ainda não se manifestou a respeito dos pontos que foram tratados na conversa entre os dois. Os assuntos foram definidos como "segredo de Estado" por ele mais cedo. Ao confirmar a ligação, na semana passada, Bolsonaro havia dito que daria "soluções" para encerrar o conflito.
Antes de iniciar o expediente no Palácio do Planalto, hoje, Bolsonaro parou para conversar com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, a residência oficial da chefia do Executivo. Ele disse que está gripado e que não havia "dormido a noite inteira". Já sobre a conversa com Zelensky, no entanto, não houve qualquer menção.
Bolsonaro visitou a Rússia e teve um encontro com Putin pouco antes dos ataques que dariam início ao conflito, em 24 de fevereiro.
Na ocasião, ele defendeu que o encontro foi importante para garantir a importação de fertilizantes agrícolas da Rússia ao Brasil, e disse, na semana passada, que negocia a compra de diesel russo.
Desde o início da guerra, o Brasil não impôs sanções contra o país liderado por Vladimir Putin, diferentemente de outros países ocidentais, especialmente os europeus e os Estados Unidos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.