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Após polêmica na Europa, 'vinho de Hitler' deixará de ser produzido em 2023

Vinícola vai ser assumida pelo filho do proprietário, que disse estar "farto das constantes polêmicas" - Reprodução Daily Star
Vinícola vai ser assumida pelo filho do proprietário, que disse estar "farto das constantes polêmicas" Imagem: Reprodução Daily Star

21/08/2022 18h53

Sucesso entre grupos de extrema-direita, o vinho com a foto de Hitler — e de outros fascistas europeus — vai deixar de ser vendido e fabricado a partir de 2023 pela polêmica vinícola italiana da família Lunardelli. O fim da produção acontecerá após o vinhedo passar para as mãos de Andrea Lunardelli, filho do atual chefe da empresa, Alessandro Lunardelli.

O futuro comandante do negócio familiar pretende abandonar a fabricação por "estar farto das constantes polêmicas". As informações são do tabloide britânico Daily Star.

Pai e filho chegaram a ser processados na Itália por causa dos vinhos com a foto de Mussolini, mas foram absolvidos porque as autoridades italianas não conseguiram provar que eles estivessem fazendo propaganda do fascismo. Os proprietários da vinícola defendem que não fazem propaganda política, e que o objetivo dessa produção era puramente comercial.

Em entrevista à emissora alemã Deutsche Welle, em 2019, Andrea Lunardelli disse que a maioria dos compradores do vinho com a foto de Hitler é composta por alemães. Na Alemanha, é proibido o uso de símbolos com referência ao nazismo, incluindo o retrato de Hitler.

Fabricado desde 1995, segundo o dono da vinícola, Alessandro Lunardelli, a produção de vinhos com rótulos de fascistas começou a partir do pedido de um cliente, que solicitou uma versão com a foto do ditador italiano Benito Mussolini. A bebida com a estampa de Hitler passou a ser produzida logo em seguida.