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Assassinato de 1988 é desvendado graças a carta enviada a jornal há 32 anos

Crime de 35 anos atrás é desvendado após a realização de exame de DNA na saliva encontrada em um envelope - Reprodução/Pennsylvania Crime Stoppers
Crime de 35 anos atrás é desvendado após a realização de exame de DNA na saliva encontrada em um envelope Imagem: Reprodução/Pennsylvania Crime Stoppers

Colaboração para o UOL

22/08/2022 19h42

O assassinato de uma mãe de 26 anos ocorrido na Pensilvânia, EUA, em 1988, foi finalmente resolvido graças a evidências de DNA encontradas em uma carta enviada a um jornal local décadas atrás, com detalhes do crime.

Anna Kane tinha 26 anos quando foi estrangulada até a morte e seu corpo foi encontrado em Ontelaunee Trail, em Perry Township, em 23 de outubro de 1988. O caso havia sido arquivado, mas foi reaberto após as novas evidências.

Quase 35 anos após a morte de Anna, o assassino foi identificado como Scott Grim, graças à tecnologia de genealogia genética do DNA, anunciou a Polícia Estadual da Pensilvânia e o promotor distrital do condado de Berks, John Adams, durante uma entrevista coletiva.

Após o assassinato de 1988, evidências de DNA foram coletadas das roupas de Kane. Quando elas foram testadas, produziram um perfil de DNA masculino, mas sem nenhuma correspondência encontrada.

Em 1990, o jornal Reading Eagle publicou uma matéria de capa sobre o homicídio de Kane, pedindo ajuda com informações sobre o caso.

Em fevereiro desse mesmo ano, o jornal recebeu uma carta anônima assinada por um "cidadão preocupado" que continha "vários detalhes íntimos" sobre o homicídio, disse o policial estadual Daniel Womer à rede norte-americana de televisão NBC.

"Isso levou os investigadores a acreditar que quem escreveu a carta havia cometido o homicídio", afirmou Womer.

O envelope lacrado com saliva em que a carta foi enviada foi submetido a um teste de DNA. O código encontrado correspondia ao perfil de DNA encontrado nas roupas de Kane.

O teste de genealogia genética desse perfil foi concluído este ano pelo Parabon NanoLabs na Virgínia — um laboratório que ajudou a resolver uma série de casos arquivados, segundo apurou a emissora.

Os resultados determinaram que o possível suspeito seria um homem chamado Scott Grim, que morreu em 2018 de causas naturais, aos 58 anos. Ele teria 26 anos na época do assassinato de Kane.

Womer reconheceu o que havia sido relatado anteriormente, que a vítima trabalhava como prostituta e é possível que Grim pudesse ter sido um cliente.