Imprensa britânica indicava gravidade na saúde da rainha: 'Momento sombrio'
A convocação de toda a família real britânica para ir ao Palácio de Balmoral, na Escócia, onde a rainha Elizabeth 2ª morreu nesta quinta-feira (8) aos 96 anos, havia impulsionado desde manhã um tom de maior gravidade sobre o estado de saúde da monarca.
Primeiramente, o Palácio de Buckingham afirmou que a saúde da rainha era motivo de preocupação de seus médicos:
"Na sequência de uma avaliação mais aprofundada esta manhã, os médicos da rainha ficaram preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica. A rainha permanece confortável e em Balmoral", disse um porta-voz.
Segundo correspondentes para assuntos envolvendo a família real de veículos como a BBC e o The Guardian, essa sucessão de eventos dá a entender que há um fator de maior gravidade na situação do que um simples monitoramento de saúde da monarca.
A BBC, rede televisão e rádio pública do Reino Unido, suspendeu toda a programação até às 18h (no horário local) para acompanhar as últimas notícias envolvendo a rainha.
Estamos em uma situação que está se desenrolando. No geral, este é um momento muito sombrio.
Nicholas Witchell, correspondente da BBC
Apresentador da BBC com gravata preta
O apresentador Huw Edwards trajava uma gravata preta na programação — o que, segundo o The Guardian, faz parte do código de vestimenta em caso de morte de integrantes da família real.
Tal comentário se relaciona ao cancelamento de compromissos da rainha na quarta-feira justamente por sua saúde. Elizabeth teria uma reunião virtual com ministros, mas foi aconselhada pelos médicos a "descansar".
No dia anterior, a rainha participou de um importante e crucial evento público: a nomeação de Liz Truss como nova primeira-ministra e a deposição oficial de Boris Johnson. Ambos foram até o palácio de Balmoral para cumprir com o rito, que tradicionalmente ocorre em Buckingham.
Um detalhe inesperado chamou a atenção durante a cerimônia: um hematoma bastante aparente, com tom arroxeado, em uma das mãos da rainha nas fotos de seu encontro com Truss.
Anthony Seldon, historiador da família real britânica, disse a SkyNews que o momento é "obviamente preocupante" e que não é possível especular sobre sua saúde, mas que é uma situação "séria o suficiente para que seus filhos e netos estejam ao seu lado".
Foram emitidos comunicados de que os quatro filhos de Elizabeth — Charles (primeiro na linha de sucessão), Anne, Andrew e Edward — já estavam ao lado da mãe no palácio de Balmoral. Os netos da rainha, como os príncipes William e Harry, também foram convocados.
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