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Furacão Ian chega ao nível 3, atinge Cuba e Flórida já declara emergência

Furacão Ian já causa alagamentos em Cuba; Na foto, a província de Pinar del Rio, em Consulacion del Sur, na manhã de hoje - Stringer/Reuters
Furacão Ian já causa alagamentos em Cuba; Na foto, a província de Pinar del Rio, em Consulacion del Sur, na manhã de hoje Imagem: Stringer/Reuters

Do UOL, em São Paulo

27/09/2022 14h53Atualizada em 27/09/2022 15h40

O furacão Ian chegou ao nível três e atingiu hoje o oeste de Cuba, forçando a retirada de moradores, deixando quase 1 milhão de pessoas sem energia e arrancando telhados de casas em províncias do país.

O fenômeno, que agora segue para o norte, em direção à Flórida (EUA), se aproximou da costa norte de Cuba, na província de Pinar del Río, no meio da manhã desta terça-feira (27), com ventos de até 200 quilômetros por hora, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

O furacão atinge Cuba em um momento de grave crise econômica. Mesmo antes da tempestade, apagões que duraram horas se tornaram eventos cotidianos em grande parte do país e a escassez de alimentos, remédios e combustível deve dificultar os esforços das autoridades para recuperar as estruturas danificadas.

A previsão dos meteorologistas é que Ian deve se fortalecer ainda mais ao longo do dia, depois de atravessar uma região agrícola de Cuba a oeste da capital Havana e emergir no sudeste do Golfo do México, atingindo a categoria 4 antes de se aproximar da costa oeste da Flórida.

Chuva e ventos atingiram a capital cubana na manhã desta terça, mas a previsão é de que a região seja poupada dos ventos de até 209 km/h que devem chegar a Tampa, já nos Estados Unidos, a partir de amanhã, acompanhados de chuvas volumosas.

A tempestade pode causar danos devastadores a catastróficos, com alguns locais potencialmente inabitáveis por semanas ou meses, alertou o NHC, pedindo aos moradores de cidades costeiras da Flórida que se desloquem para abrigos seguros antes da chegada da tempestade.

Furacão pode causar "danos devastadores"

O potencial de risco dos furacões é medido segundo a escala Saffir-Simpson, criada nos anos 1970 por um engenheiro, Herbert Saffir, e um meteorologista, Robert Simpson. A escala divide a força dos furacões em níveis que vão de um a cinco, e inicialmente levava em conta apenas a força dos ventos causados pelo fenômeno.

Mais tarde, Simpson acrescentou mais uma variável na classificação, a "maré de tempestade", que acontece quando os fortes ventos do furacão, combinados com a baixa pressão atmosférica, elevam a maré acima do nível normal do mar, ocasionalmente provocando enchentes.

Em furacões de categoria três, a escala prevê que "danos devastadores serão registrados", com destelhamento de casas, queda de árvores e interrupção dos serviços de água e energia por dias ou até semanas, segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos). Os ventos nesse grau variam entre 178 e 208 km/h.

Já no nível quatro, em que os ventos vão de 209 a 251 km/h, a expectativa é de "danos catastróficos", com danos até mesmo na fundação de casas, queda de postes de energia e árvores, e isolamento de áreas residenciais, além de problemas na distribuição de luz e água por semanas ou meses, deixando áreas "inabitáveis".

No topo da escala, em furacões que registrem ventos de 252 km/h ou mais, estão os fenômenos da categoria cinco, que causam o colapso total de casas e redes de energia e água, também tornando necessária a retirada de moradores das áreas mais afetadas.

* Com informações de Ansa e Reuters