Kirchner acusa deputado de ter ligações com autores de ataque contra ela
A vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, publicou um vídeo com supostas evidências de que o deputado Gerardo Milman (PRO) possui vínculos com os autores do ataque armado contra a vida dela, ocorrido em 1º de setembro. As informações são do jornal Clarín, da Argentina.
No vídeo, uma jornalista argentina narra que uma testemunha teria ouvido Milman dizer que ele planejava estar "a caminho da costa" no momento do atentado contra a vice-presidente —essa reunião, feita em um bar, aconteceu dois dias antes do ataque.
Imagens sustentam que o deputado entrou em um bar dois dias antes e indicam que, no dia seguinte ao ataque, ele "viajou para a costa". Milman nega as acusações de que ele saberia do ataque ou teria participado e disse se tratar de "uma operação grosseira do Kirchnerismo".
A defesa de Kirchner insiste na necessidade de investigar esse parlamentar, que, segundo uma testemunha, poderia estar ciente dos planos de ataque à vice-presidente.
"O que não for investigado nos primeiros meses nunca será verificado, e estamos falando do ataque mais grave desde o retorno da democracia", comentou o vice-ministro da Justiça, Juan Martín Mena.
O vídeo também critica a juíza responsável pelo caso, María Eugenia Capuchetti, por não ter convocado Milman para testemunhar. Kirchner a acusou de ser parcial.
Relembre o caso
Kirchner, de 69 anos e ex-presidente entre 2007 e 2015, foi atacada no dia 1º de setembro ao chegar em sua casa em Buenos Aires por um homem que se esgueirou entre seus apoiadores e disparou contra ela duas vezes com uma arma que falhou.
O homem, um brasileiro, foi preso no local e está sendo processado por tentativa de homicídio junto com outras duas pessoas.
Uma jovem de 21 anos próxima a este grupo foi recentemente libertada por falta de provas.
Há alguns dias, Kirchner disse que empresários que apoiam o ex-presidente Mauricio Macri financiaram manifestações de grupos radicais.
No vídeo publicado nesta quinta, estas manifestações foram consideradas como um prelúdio ao ataque.
A ex-presidente, contra quem o Ministério Público pediu 12 anos de prisão, enfrenta um julgamento por suposta corrupção que entrará em sua fase final a partir de 14 de novembro e poderá emitir um veredicto antes do final do ano.
*Com informações da AFP
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