Bolsonarista, gay, trumpista: quem é filho de brasileiros eleito nos EUA

Em uma disputa inédita, o norte-americano George Santos, filho de pais brasileiros, foi eleito para a Câmara dos Representantes nos Estados Unidos após desbancar o democrata Robert Zimmerman. Foi a primeira vez que dois candidatos gays disputaram a vaga no 3º Distrito do Congresso de Nova York.

Republicano, Santos nasceu e cresceu no Queens, em Nova York, e é defensor do ex-presidente americano Donald Trump. Ele também já enalteceu o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), em publicações nas redes sociais —e tem uma foto com o filho dele, o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

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As pautas defendidas por Santos são, majoritariamente, do âmbito econômico, focando na "recuperação do sonho americano". "Ainda há muito a fazer pelo país. O sonho americano ainda está em perigo sob a administração de Biden. Usarei minhas habilidades para aliviar a pesada inflação e tornar nossas comunidades seguras", escreveu.

Pais brasileiros. Sua mãe nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, e seu pai, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ambos se conheceram ao imigrarem para os Estados Unidos, na década de 1980.

Maioria. Ele registrou 54,1% dos votos no distrito que, nos últimos anos, elegeu democratas para o cargo. Santos concorreu em 2020, mas não foi eleito.

Ao ser eleito, comemorou no seu Twitter. "Nós conseguimos! #NY03 falou! Eu prometi uma coisa durante toda a campanha: ser seu campeão em DC. Obrigado por esta oportunidade de ser a sua voz!".

Na mesma rede, em 2021, ele postou uma foto comemorando o Réveillon com a família de Trump.

Bolsonaro. Santos já publicou foto com Eduardo Bolsonaro. Ele elogiou o filho do presidente e falou em "bom momento e oportunidade para conectar com um conservador do país nativo dos meus pais".

Durante a pandemia, enalteceu o presidente e defendeu o uso de hidroxicloroquina contra a covid-19. O medicamento foi largamente propagandeado por Bolsonaro durante 2020 e 2021, apesar de já ter sido informado de que o medicamento é ineficaz contra o vírus e possui efeitos colaterais.