Estudante primária mais velha do mundo morre aos 99 anos no Quênia
A estudante primária mais velha do mundo, a queniana Priscilla Sitieni, morreu quarta-feira (16) aos 99 anos. Priscilla havia decidido voltar às aulas aos 94 anos e queria incentivar mães de jovens do país a voltarem a estudar.
A informação foi dada ontem à imprensa pelo neto de Priscilla, Sammy Chepsiror. Ao jornal local The Standard, ele disse que Gogo - o apelido da avó -, morreu em casa após um problema no tórax.
"Ela tinha boa saúde e assistiu suas aulas até três dias antes de sua morte, até que sentiu uma dor no peito que a obrigou a sair da escola", informou o jornal. A BBC disse que ela e seus colegas de 12 anos estavam se preparando para os exames finais marcados para começar na próxima semana.
Priscilla Sitieni tinha 94 aos quando conseguiu convencer o diretor da escola de sua cidade no Vale do Rift a aceitá-la em seu estabelecimento, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que a qualificou como "modelo".
"Tínhamos muito orgulho dela", disse o neto ao jornal.
Priscilla ingressou na Escola Preparatória Leaders Vision em 2010. Ela servia em seu vilarejo de Ndalat, no Vale do Rift, como parteira por mais de 65 anos. De acordo com a BBC, ela foi responsável pelo parto de algum de seus próprios colegas de sala.
Em uma entrevista à instituição, Priscilla Sitieni explicou que seu objetivo era incentivar as mães jovens do Quênia a voltarem a estudar. "Queria dar não apenas esse exemplo (para as quenianas), mas também para mulheres de todo mundo", disse.
A história dela inspirou um filme intitulado "Gogo". O co-roteirista, Patrick Pessis, homenageou Priscilla após a confirmação da morte. "A mensagem dela sobre a educação das meninas permanece viva", escreveu ele no Twitter.
*Com informações da AFP
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