EUA: Empregado de Walmart da Virgínia atira em colegas em ação com 7 mortos
Um funcionário de uma "superloja" da rede de supermercados Walmart é apontado como o responsável pelo ataque a tiros que deixou 7 pessoas mortas, inclusive o próprio atirador, na noite de ontem no estado da Virgínia, nos Estados Unidos. Segundo a emissora local ABC News, o atirador entrou em uma sala de repouso da loja e começou a atirar contra os colegas antes de atirar contra si mesmo.
"Acreditamos que foi um ferimento a bala autoinfligido", disse o chefe da polícia de Chesapeake, Mark Solesky, em entrevista coletiva, acrescentando que o atirador abriu fogo com uma pistola. A motivação do ataque ainda é desconhecida.
Em uma entrevista ao programa "Good Morning America", a funcionária Briana Tyler, disse que ela e os outros colegas de trabalho estavam se preparando para iniciar o turno quando o ataque começou. "Eu olhei e vi meu gerente abrir a porta e atirar", disse ela. "Ele não falou uma palavra, não disse absolutamente nada."
"Eu literalmente nem tinha visto ele antes daquele momento. Ele simplesmente virou o canto e começou a atirar. A primeira pessoa que estava em sua visão, ele atirou. E, em seguida, ele começou a atirar em toda a copa, mas não disse uma palavra."
No momento do crime, a loja estava movimentada com vários clientes se preparando para o Dia de Ação de Graças, comemorado amanhã (24), nos Estados Unidos.
Nas redes sociais, o Walmart lamentou o ocorrido e disse que a empresa está colaborando com as investigações.
"Estamos chocados com este trágico evento em nossa loja em Chesapeake, Virgínia. Estamos orando pelos afetados, pela comunidade e por nossos associados. Estamos trabalhando em estreita colaboração com as autoridades e focados em apoiar nossos associados", escreveu a empresa no Twitter.
A senadora do estado da Virgínia Louise Lucas declarou que está "com o coração partido porque o mais recente tiroteio em massa dos Estados Unidos aconteceu em um Walmart em meu distrito em Chesapeake, Virgínia, esta noite".
"Não vou descansar até que encontremos soluções para acabar com esta epidemia de violência com armas em nosso país, que já tirou tantas vidas", escreveu no Twitter.
A vice-governadora da Virgínia, Winsome Earle-Sears, classificou o ato como "sem sentido". "Nossos corações se partem pelas vítimas em Chesapeake e pelas famílias que perderam entes queridos em outro ato de violência sem sentido. Orando por nossa comunidade", escreveu ela.
O prefeito de Chesapeake, Rick W. West, lamentou o ocorrido e prestou solidariedade às vítimas e familiares.
"Eu estou devastado pelo ato de violência sem sentido que ocorreu ontem à noite na nossa cidade. Minhas orações estão com todos os que foram afetados — as vítimas, as famílias, os amigos e os colegas de trabalho", disse.
"Eu estou agradecido pelas ações rápidas que foram tomadas pelos socorristas que correram para a cena do crime. Chesapeake é uma comunidade unida e todos nós estamos comovidos com essa notícia. Juntos, nós vamos apoiar uns aos outros para enfrentar esse momento."
Mais de 30 ataques nos EUA só em 2022
Segundo a organização Gun Violence, que coleta dados sobre ataques com armas nos Estados Unidos, só em 2022 o país registrou 36 assassinatos em massa.
Um dos mais recentes foi o que ocorreu em um bar LGBTQ no Colorado, que deixou ao menos cinco pessoas mortas e 18 feridas.
Após o ocorrido, o presidente democrata Joe Biden falou ter assinado uma lei de segurança de armas, mas disse ser necessário "fazer mais" para combater a "epidemia de saúde pública de violência com armas de fogo", ressaltando "as injustiças que contribuem para a violência contra as pessoas LGBTQI+". "Não podemos tolerar o ódio".
*Com informações da AFP
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