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Larvas 'carnívoras' são achadas dentro da orelha de homem em Portugal

Imagens mostram as larvas no ouvido do português (esquerda) e depois de serem retiradas (direita) - Catarina Rato/New England Journal Of Medicine
Imagens mostram as larvas no ouvido do português (esquerda) e depois de serem retiradas (direita) Imagem: Catarina Rato/New England Journal Of Medicine

Colaboração para o UOL

07/12/2022 14h04

Médicos de um hospital em Portugal identificaram uma infestação de larvas carnívoras dentro do ouvido de um homem de 64 anos, que deu entrada no serviço de saúde apresentando dores, coceiras e sangramento no canal auditivo.

De acordo com os profissionais, o exame físico mostrou que "numerosas larvas" estavam bloqueando o ouvido do paciente. Eles também descobriram que uma pequena área do tímpano havia sido perfurada pelos parasitas.

Em entrevista à Newsweek, Catarina Rato, uma das médicas responsáveis pelo caso, afirmou que as larvas encontradas no paciente são provenientes da espécie de mosca Cochliomyia hominivorax.

Comum em áreas tropicais e subtropicais, a espécie deposita seus ovos em outros organismos, que eclodem em larvas que se alimentam do tecido vivo de animais de sangue quente. A infecção é conhecida por "miíase".

Larvas da mosca Cochliomyia hominivorax - Getty Images/iStock - Getty Images/iStock
Larvas da mosca Mosca Cochliomyia hominivorax são comuns em regiões tropicais e subtropicais
Imagem: Getty Images/iStock

O homem, que apresentava sintomas havia cinco dias, foi hospitalizado. Os médicos do Hospital Pedro Hispano, na cidade de Matosinhos, descreveram o caso como raro, em um artigo publicado em 24 de novembro no The New England Journal of Medicine.

Ainda de acordo com o artigo, esse tipo de infecção pode acontecer em qualquer parte do corpo, com maior possibilidade de acontecer em regiões como a boca, feridas abertas, couro cabeludo e orifícios naturais como orelha, nariz e órgãos genitais. Se as larvas estiverem mortas ou em decomposição em tecidos profundos, pode ser necessária cirurgia para removê-las.

Após sete dias de diagnóstico, o homem passou por avaliação, e não foi mais constatada a presença de larvas. Não foi informado se ele terá alguma sequela.