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Zelensky: Ucrânia só aceitará paz se Rússia devolver territórios invadidos

Do UOL, em Belo Horizonte

21/12/2022 21h13Atualizada em 22/12/2022 10h58

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse hoje que um acordo de paz justo com a Rússia depende da devolução dos territórios invadidos por Moscou. O ucraniano está nos EUA em sua primeira viagem desde o início da guerra, iniciada em fevereiro.

"Para mim, como presidente, 'uma paz justa' não implica nenhum tipo de compromisso quanto à soberania, à liberdade e à integridade territorial do meu país", disse Zelensky, em coletiva de imprensa conjunta o presidente norte-americano, Joe Biden.

O Kremlin, porém, afirmou nesta quarta-feira que não vê chance de negociações de paz com Kiev.

Além do encontro com Biden, Zelensky vai discursar no Congresso.

Em fala rápida, antes de uma reunião entre os dois, Biden disse a Zelensky que é "uma honra estar ao seu lado na defesa contra o que é uma guerra brutal travada por Putin."

O presidente dos EUA também observou a escalada de ataques russos contra o sistema de energia do país, e disse que o presidente russo, Vladimir Putin, "tenta usar o inverno como arma".

21.dez.2022 - O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, recebem o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca - DREW ANGERER / GETTY IMAGES VIA AFP - DREW ANGERER / GETTY IMAGES VIA AFP
21.dez.2022 - O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, recebem o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca
Imagem: DREW ANGERER / GETTY IMAGES VIA AFP

Biden anunciou cerca de US$ 2 bilhões em assistência militar para a Ucrânia — o que incluirá uma bateria de mísseis Patriot —, disse uma autoridade dos EUA. A defesa aérea da Ucrânia foi fundamental para evitar que o exército obtivesse vantagem no conflito.

O presidente dos EUA explicou que o país enviará mais US$ 374 milhões em ajuda humanitária à Ucrânia. O valor será dividido entre comida e assistência para mais de 1,5 milhão de ucranianos e suporte para aquecimento durante o inverno e acesso a serviços de saúde.

Mais cedo, o porta-voz russo, Dmitry Peskov, disse que o fornecimento contínuo de armas ocidentais à Ucrânia levaria a um "aprofundamento" do conflito.