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Zelensky chega aos EUA para 1ª viagem desde início da guerra com a Rússia

21.dez.2022 - O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, recebem o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca - DREW ANGERER / GETTY IMAGES VIA AFP
21.dez.2022 - O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, recebem o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca Imagem: DREW ANGERER / GETTY IMAGES VIA AFP

Do UOL, em Belo Horizonte

21/12/2022 15h37Atualizada em 21/12/2022 20h42

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou aos Estados Unidos nesta quarta-feira (21) para a primeira visita formal ao país, em sua primeira viagem desde o início da guerra iniciada pela Rússia em fevereiro. O ucraniano foi recebido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca.

Em rápida fala, Biden disse ao presidente da Ucrânia que "é bom tê-lo de volta" e comentou sobre os 300 dias de guerra, dizendo que é "uma honra estar ao seu lado na defesa contra o que é uma guerra brutal travada por Putin."

"Difícil de acreditar, 300 dias passando por isso, e Putin empreendeu um ataque brutal ao direito dos ucranianos de existir como nação, e o ataque a pessoas ucranianas inocentes sem nenhuma razão além de intimidar", afirmou Biden.

O presidente dos EUA também observou a escalada de ataques russos contra o sistema de energia do país, e disse que o presidente russo, Vladimir Putin, "tenta usar o inverno como arma".

"Muito obrigado, senhor presidente. Claro, obrigado pelo apoio bipartidário, obrigado ao Congresso e obrigado apenas das pessoas comuns às suas pessoas comuns, americanos. Eu realmente aprecio", disse Zelensky a Biden.

Além de se encontrar com Biden, Zelensky vai discursar no Congresso e buscar "armas, armas e mais armas".

Na chegada aos EUA, Zelensky escreveu em seu canal de mensagens no Telegram que está em Washington "para agradecer ao povo americano, ao presidente e ao Congresso pelo apoio tão necessário". Mais cedo, Biden desejou boa viagem e disse ter "muito a discutir" com o ucraniano.

No próximo ano, será devolvida a bandeira ucraniana e a liberdade a toda a nossa terra, a todo o nosso povo.
Volodymyr Zelensky

Em entrevista, Zelensky disse que a visita visa fortalecer a "a capacidades de defesa do país" em meio a repetidos ataques russos ao abastecimento de energia e água, ainda mais agora com a chegada do inverno.

Biden anunciou cerca de US$ 2 bilhões em assistência militar para a Ucrânia —o que incluirá uma bateria de mísseis Patriot —, disse uma autoridade dos EUA. A defesa aérea da Ucrânia foi fundamental para evitar que o exército obtivesse vantagem no conflito.

O presidente dos EUA explicou que o país enviará mais de 374 milhões de dólares em ajuda humanitária à Ucrânia ainda hoje. O valor será dividido entre comida e assistência em dinheiro para mais de 1,5 milhão de ucranianos, além de "acesso a cuidados de saúde, água potável e ajuda para se manter aquecido no inverno" para mais de 2,5 milhões de moradores da Ucrânia.

Mais cedo, o porta-voz russo, Dmitry Peskov, disse que o fornecimento contínuo de armas ocidentais à Ucrânia levaria a um "aprofundamento" do conflito. O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que não vê chance de negociações de paz com Kiev.

Relembre a guerra

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro com o objetivo de capturar Kiev em dias, uma meta que rapidamente se mostrou fora de alcance. O presidente russo, Vladimir Putin, descreve o que chama de "operação militar especial" para "desnazificar" o país como o momento em que Moscou finalmente se levantou contra o Ocidente.

Desde então, milhares de soldados e civis foram mortos, milhões foram forçados a fugir de suas casas e cidades inteiras foram transformadas em ruínas.

O Kremlin afirmou que não vê chance de negociações de paz com Kiev. Em chamada por vídeo com jornalistas, o porta-voz russo, Dmitry Peskov, disse que o fornecimento de armas à Ucrânia levaria ao "aprofundamento" do conflito.

Com Reuters, AFP e ANSA