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A Serpente: como agia o 'charmoso' serial killer que agora deixou a prisão

O serial killer Charles Sobhraj, que está preso no Nepal - Reprodução/Twitter
O serial killer Charles Sobhraj, que está preso no Nepal Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

02/01/2023 04h00

Charles Sobhraj, também conhecido como "A Serpente", é um serial killer que foi solto no Nepal, onde estava preso, e deportado para a França, seu país de origem, nas últimas semanas de dezembro. Sua história foi retratada na minissérie "O Paraíso e a Serpente", da Netflix, em 2021.

Quem é Charles Sobhraj?

  • Serial killer conhecido como "A Serpente"
  • É francês, com origem vietnamita e indiana
  • Hoje tem 78 anos
  • Aterrorizou a Ásia nos anos 70
  • Estava preso no Nepal desde 2003

Por sofrer de problemas cardíacos e precisar de uma cirurgia, Charles Sobhraj se beneficiou de uma lei nepalesa que permite a libertação de prisioneiros acamados que já cumpriram três quartos da pena. O tribunal ordenou que ele fosse deportado no prazo de 15 dias.

Antes do anúncio da sua transferência, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França disse que, se notificada sobre a deportação, a França "seria obrigada a cumprir o pedido, uma vez que o Sobhraj é um cidadão francês".

Ele embarcou para Paris no sábado (24). "Eu me sinto ótimo, estou voando para Paris", disse Sobhraj por telefone, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

Como Charles Sobhraj agia?

  • Se passava por comerciante de pedras preciosas em Bangcoc
  • Fazia amizade com as vítimas, maioria mochileiros ocidentais
  • Drogava, roubava e assassinava

O serial killer foi ligado a mais de 20 assassinatos na Índia, no Nepal e na Tailândia nos anos 1970, mas respondeu por apenas três deles.

Curiosidades sobre Charles Sobhraj

  • Apelido veio por seu charme e habilidade para escapar da prisão
  • Também foi chamado de "assassino do biquíni"
  • Foi preso primeiro em 1976 na Índia, onde ficou por 21 anos
  • Se casou com a intérprete da prisão, 40 anos mais nova
  • Subornava guardas com dinheiro e pedras preciosas
  • Foi liberado em 1997 e voltou a Paris

Em 2003, julgando que mais uma vez que escaparia das autoridades, viajou ao Nepal. No entanto, foi preso no distrito turístico de Katmandu.

No ano seguinte, um tribunal condenou-o a prisão perpétua pelo assassinato de uma turista americana, Connie Jo Bronzich, em 1975. Dez anos mais tarde, também foi condenado pelo homicídio do companheiro canadense dela, Laurent Carrière.

Na Tailândia, ele foi acusado de matar seis viajantes e havia um mandado de prisão de décadas, mas ele nunca foi extraditado para o país para enfrentar as acusações. (Com DW)