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Caos aéreo nos EUA foi causado por banco de dados danificado, diz FAA

02.jan.23 - Viajantes fazem fila para fazer check-in para seus voos no Aeroporto Internacional de Miami no dia em que milhares de voos foram adiados ou cancelados nos EUA - MARCO BELLO/REUTERS
02.jan.23 - Viajantes fazem fila para fazer check-in para seus voos no Aeroporto Internacional de Miami no dia em que milhares de voos foram adiados ou cancelados nos EUA Imagem: MARCO BELLO/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

12/01/2023 09h08Atualizada em 12/01/2023 09h08

A falha de computador afetou o sistema que alerta pilotos sobre perigos no ar e no solo, informou a FAA, agência responsável por gerenciar a segurança de todo o tráfego aéreo comercial.

A interrupção de novas decolagens durou 1h30, mas companhias aéreas passaram o dia inteiro tentando normalizar a operação.

Entenda o que aconteceu:

  • A FAA detectou uma falha no sistema NOTAM (Aviso às Missões Aéreas, na tradução), que envia informações de perigos e mudanças de procedimentos aos pilotos, na noite de terça-feira (10).
  • O problema forçou as autoridades a reiniciar o sistema na manhã de quarta-feira (11).
  • Para resolver o problema, a FAA ordenou que as companhias aéreas atrasassem seus voos a partir antes das 7h30 (9h30 em Brasília).
  • Cerca de 9 mil voos atrasaram e 1.300 foram cancelados em todo o país, segundo a mídia local.
  • Horas depois, a FAA disse que rastreou a falha em um arquivo de banco de dados danificado.
  • Segundo um alto funcionário do governo, um arquivo corrompido afetou os sistemas primário e de backup, informou a NBC News.
  • A FAA diz que não há evidências de que o problema foi causado por um ataque cibernético.

Há anos, a FAA enfrenta críticas por não modernizar seus sistemas com rapidez suficiente nem contratar controladores de tráfego aérea e especialistas em segurança suficientes. Críticos dizem que a agência está sobrecarregada e sem financiamento.

A mídia local lembrou que a FAA foi fortemente criticada pela supervisão da Boeing depois que dois dos aviões 737 Max da empresa caíram, matando 346 pessoas na Indonésia e na Etiópia em 2018 e 2019.

02.jan.23 - Uma mulher olha para uma tela exibindo os horários de partida do voo no Aeroporto Internacional de Miami depois que a Administração Federal de Aviação (FAA) disse que diminuiu o volume de tráfego de aviões na Flórida devido a um problema no computador de tráfego aéreo, em Miami, Flórida, EUA - MARCO BELLO/REUTERS - MARCO BELLO/REUTERS
02.jan.23 - Uma mulher olha para uma tela exibindo os horários de partida do voo no Aeroporto Internacional de Miami após atrasos em milhares de voos
Imagem: MARCO BELLO/REUTERS