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Conselho valida voto de funcionários da Amazon para criação de sindicato nos EUA

16.nov.22 - Trabalhadores carregam pacotes em caminhões elétricos Amazon Rivian em uma instalação da Amazon em Poway, Califórnia, EUA - SANDY HUFFAKER/REUTERS
16.nov.22 - Trabalhadores carregam pacotes em caminhões elétricos Amazon Rivian em uma instalação da Amazon em Poway, Califórnia, EUA Imagem: SANDY HUFFAKER/REUTERS

12/01/2023 06h38Atualizada em 12/01/2023 07h15

O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA rejeitou os argumentos da Amazon contra uma votação histórica dos funcionários de um depósito em Staten Island, em Nova York, para a criação de um sindicato.

A empresa acusa lideranças de intimidar os trabalhadores e diz que o escritório local do Conselho facilitou a vitória. Em março de 2022, os funcionários da Amazon votaram de forma esmagadora para ingressar no ALU (Sindicato dos Trabalhadores da Amazon).

A agência governamental diz que a Amazon agora deve "negociar de boa fé com o sindicato ou solicitar uma revisão" da decisão até o final de janeiro.

"Este é um grande momento para o movimento trabalhista", escreveu o vice-presidente do ALU, Derrick Palmer, acrescentando que continuará "lutando por melhores contratos para todos os trabalhadores da Amazon em todo o mundo".

Uma porta-voz da Amazon antecipou que a empresa tentará recorrer da decisão.

"Sabíamos que era improvável que o Escritório Regional do NLRB decidisse contra eles", disse à AFP a porta-voz Kelly Nantel.

"Como dissemos desde o início, não acreditamos que este processo eleitoral tenha sido justo, legítimo ou representativo da maioria do que nossa equipe deseja", acrescentou.

Em uma eleição em outro depósito da Amazon no Alabama em 2021, onde funcionários rejeitaram a criação de um sindicato, a agência ordenou uma nova votação, argumentando que a Amazon violou as normas americanas sobre mão de obra organizada.