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Copilota morta em voo do Nepal perdeu marido em queda de avião em 2006

A copilota Anju Khatiwada, de 44 anos, é uma das vítimas da queda de um avião que deixou ao menos 68 mortos no Nepal - Reprodução/Twitter
A copilota Anju Khatiwada, de 44 anos, é uma das vítimas da queda de um avião que deixou ao menos 68 mortos no Nepal Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

16/01/2023 18h28Atualizada em 16/01/2023 18h28

A copilota Anju Khatiwada, de 44 anos, vítima da queda de um avião que deixou ao menos 68 mortos no Nepal, havia seguido os passos do marido, também morto em um acidente aéreo pela mesma empresa, em 2006. Os restos mortais de Anju ainda não foram identificados, mas a empresa e as autoridades locais acreditam que todos os ocupantes tenham morrido.

O piloto Dipak Pokhrel, marido de Anju, morreu após o avião de pequeno porte que ele pilotava cair poucos minutos antes de pousar, na cidade de Jumla, no Nepal. A distância entre o aeroporto de Porkara, cidade onde ocorreu a queda de ontem, e do aeroporto de Jumla é de 211 quilômetros.

A mulher entrou na Yeti Airlines em 2010, quatro anos após a morte do marido.

"O marido dela, Dipak Pokhrel, morreu em 2006 na queda de um avião modelo Twin Otter da Yeti Airlines em Jumla", afirmou Sudarshan Bartaula, porta-voz da companhia aérea, à Reuters.

"Ela conseguiu o treinamento de piloto com o dinheiro que recebeu do seguro após a morte do marido."
Porta-voz da companhia aérea

O porta-voz explicou que Anju tinha mais de 6.400 horas de voo e já havia feito a rota turística de Katmandu para Pokhara — destino também realizado neste domingo e que ocorreu o acidente.

O corpo do piloto do voo, Kamal KC, já foi encontrado e identificado. Ele tinha mais de 21.900 horas de voo.

"No domingo, ela [Anju] estava pilotando o avião com um piloto instrutor, que é o procedimento padrão da companhia aérea", disse um funcionário da Yeti Airlines. Ele conhecia Anju pessoalmente.

"Anju estava sempre pronta para assumir qualquer tarefa e voou para Pokhara mais cedo", acrescentou o trabalhador da empresa, que pediu para não ser identificado porque não está autorizado a falar com a imprensa.

As informações são da Reuters.