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Mulher descobre câncer após levar 'cabeçada' de cão labrador

A veterinária Angie Shaw conseguiu tratar um câncer a tempo graças a um acidente com labrador  - Divulgação/Beechwood Vets
A veterinária Angie Shaw conseguiu tratar um câncer a tempo graças a um acidente com labrador Imagem: Divulgação/Beechwood Vets

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/01/2023 04h00

Uma veterinária acredita que um labrador salvou sua vida depois que ele deu uma cabeçada no peito dela. Com a pancada, ela detectou um câncer de mama em rápido crescimento.

Angie Shaw, 58, de Leeds, no Reino Unido, foi derrubada pelo cachorro que ela estava tratando em uma clínica, em meados de 2021. Por causa do impacto, a veterinária sentiu uma dor descomunal em um dos seios, o que a deixou bastante preocupada.

Uma semana após o acidente, o incômodo não cessou. Ao procurar um clínico geral, Angie fez diversos exames e descobriu que estava com um nódulo no seio, que sinalizava a presença de um câncer de mama, que havia se desenvolvido rapidamente.

"Quando viramos [o cachorro], ele me deu uma cabeçada no lado esquerdo do peito, em direção ao meu esterno", disse Angie, em entrevista ao Daily Mail. "Apareceu um caroço de tamanho decente. Deixei por uma semana, mas estava dolorido, então marquei uma consulta no dia seguinte".

Como a doença foi detectada ainda no seu estágio inicial, a veterinária aproveitou a oportunidade de fazer uma cirurgia de remoção do tumor. "Achei que fosse um cisto. Quando me disseram que teria que fazer cirurgia, quimioterapia e depois radioterapia, meu mundo inteiro desabou", relatou.

Durante 18 meses, Angie teve que fazer seis rodadas de quimioterapia para o controle da doença, até chegar ao nível de remissão. Ela contou com o apoio dos três filhos e netos, além de amigos e colegas de profissão. O tratamento fez com que ela perdesse o cabelo e cobrisse o couro cabeludo com peruca.

Dois anos depois, a inglesa comemora que está totalmente livre do câncer após um novo exame confirmar a cura. Mesmo assim, reflete que se não fosse o pequeno acidente provocado pelo labrador agitado, dificilmente teria percebido que estava com a doença.

"Mas se o animal de estimação não tivesse me dado uma cabeçada, o câncer não teria aparecido por nove a dez meses, ponto em que teria se espalhado. Teria sido tarde demais. Aquele animal de estimação salvou minha vida".

Segundo os médicos, o câncer estava se desenvolvendo incrivelmente rápido, aumentando dois milímetros em períodos de quinze dias. Mas os especialistas afirmaram que, sem a intervenção do cachorro, o tumor levaria mais dez meses para ser detectado devido à sua posição.

Nesse patamar, a doença teria se espalhado e se transformado em um câncer invasivo de grau três e teria se mostrado fatal.

Agora, a veterinária participa de iniciativas de prevenção do câncer, aconselhando outras mulheres a ficarem atentas e sempre verificarem se há nódulos, pois o diagnóstico precoce pode fazer a diferença.

"É algo que pode salvar a vida de uma pessoa. O câncer de mama é quase um tabu, mas não é motivo de vergonha".