'De mortes a tráfico sexual': Ela se tatua com traumas e perdas dos outros

Uma tatuadora de 31 anos iniciou um projeto inédito: tatuar, em si mesma, desenhos escolhidos por desconhecidos. Até o momento, Chelsea Rohrbough, de Clarksburg, EUA, contabiliza 96 tatuagens que lembram experiências dolorosas ou acontecimentos marcantes sugeridos por seus seguidores do TikTok.

Chelsea, que é mãe de dois filhos, já recebeu mais de 7 mil pedidos de desenhos. Dentre os que foram parar no seu corpo, estão uma tela de telefone quebrada em homenagem a pessoas afetadas pelo abuso sexual online e a palavra "love" cercada de manchas que remetem a hematomas simbolizando a violência doméstica.

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"Já tatuei desenhos relacionados a casos de assassinato que não tiveram justiça, a vítimas de tráfico sexual e nomes de pessoas trans que não foram aceitas por seus pais. Quero trazer consciência sobre esse tipo de coisa", afirmou Chelsea ao tabloide britânico The Mirror.

Apesar de ter quase 100 tatuagens solicitadas, Chelsea sabe exatamente que história cada uma representa e diz que é questionada sobre elas "o tempo todo" quando sai. "Principalmente quando estou usando shorts, pessoas aleatórias me param para perguntar sobre as tatuagens", afirmou.

O projeto de Chelsea com a participação de desconhecidos iniciou em novembro de 2022, mas antes disso, a estadunidense já se autotatuava. "Eu pintei e desenhei por anos e durante a covid-19 encomendei uma máquina de tatuagem na Amazon e fui autodidata. Sou mãe solteira, então não tinha dinheiro para fazer um estágio".

A tatuadora afirma que o projeto representa um projeto de vida e diz não ter planos de parar até preencher todos os espaços do corpo. "Quando eu parar, serão mais de 10.000 pedidos e o plano é ter alguns TikTokers que vão dar continuidade ao projeto em seus corpos", compartilhou com o The Mirror.