Executivo processa mulher em R$ 11,5 milhões por ela querer ser 'só amiga'
Um homem abriu processo contra uma mulher que se recusou a namorar com ele, porque o via apenas como amigo. Ele alegou ter ficado traumatizado e pediu indenização equivalente a R$ 11,5 milhões. O caso aconteceu em Cingapura e ainda teve um pedido de restrição por parte dela, uma vez que a insistência virou perseguição.
K. Kawshigan, diretor da empresa de drones D1 Racing, entrou na Justiça por difamação e será ouvido no Supremo Tribunal do país na próxima semana, informou o jornal Metro.
No processo, o executivo apontou que a recusa de Nora Tan Shu Mei em aceitar um namoro causou "trauma contínuo" e "reduções em sua capacidade de ganho", pois, segundo ele, perdeu cinco parcerias comerciais.
Outro caso envolvendo Kawshigan no Tribunal de Magistrados foi derrubado em janeiro por abuso de processo. De acordo com os advogados de Nora, o executivo foi condenado a pagar seus custos legais.
Ele pediu indenização de R$ 85,5 mil, porque Nora havia dado para trás em uma "oferta" que ela fizera sobre um "espaço para (Kawshigan) compartilhar inspiração, luta e conquistas" e "encontro com base na disponibilidade mútua".
Nora enfatizou que o ex-amigo se aproveitou da situação para cometer abusos e coagi-la a "cumprir suas exigências para, entre outras coisas, retomar as comunicações com ele". Como não conseguiu o que queria, Kawshigan abriu processo na Justiça e aumentou o pedido de indenização.
A mulher também afirmou que o assédio do executivo era tão intenso que ela teve que comprar um sensor de alarme de sirene e uma sistema de câmeras de segurança para proteger sua casa contra as investidas dele. De acordo com os advogados dela, o homem também teria interrogado os vizinhos de Nora para descobrir o telefone dela e outras informações pessoais.
Como tudo começou
Segundo o Washington Post, Kawshigan conheceu Nora num "ambiente social" em 2016. Em meados de 2020, os dois tiveram uma briga por causa da maneira como estavam se relacionando.
O processo explica que, desde o início, Nora enxergava Kawshigan apenas como um amigo, enquanto ele "a considerava sua 'amiga mais próxima'". Mesmo assim, ela se incomodava com a exigência dele de vê-la com frequência e suas ações para transformar a amizade em um namoro.
Em outubro de 2020, o executivo enviou a Nora uma mensagem ameaçando-a com uma ação legal por danos decorrentes de "sofrimento emocional e difamação". No entanto, ela afirmou que Kawshigan insistiu que iria ao local de trabalho dela se Nora se recusasse a falar com ele.
Em seguida, Nora obteve uma ordem de restrição contra Kawshigan, que então entrou com a ação no tribunal de magistrados enquanto o outro caso estava pendente.
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