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Brasileira na Turquia: 'acordei com o SOS e estou presa no hotel, com medo'

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

06/02/2023 13h07Atualizada em 06/02/2023 16h33

Um alerta de SOS no celular acordou a dançarina de samba Luana Amorim, 34, durante a madrugada. Ele informava do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a região central da Turquia e o noroeste da Síria na manhã de hoje, deixando um rastro de destruição.

Foi então que ela, que está há três meses em Ancara, na capital da Turquia, percebeu que estava em perigo. Luana, que é do Rio, está em temporada pelo país com um grupo de dança, composto por mais cinco brasileiros.

luana - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Luana está em hotel, em Ancara, e só pode sair em caso de emergência
Imagem: Arquivo Pessoal

"Meu celular não parava de apitar durante a madrugada com os sinais de alerta. O terremoto ocorreu a 500, 600 km da cidade em que estamos", contou ao UOL. "Como brasileira, que nunca viveu isso, eu fico preocupada e com medo, pois nem sei como agir em momentos assim."

Segundo ela, a situação é de alerta, embora não exista nenhum problema na capital, por enquanto.

Os tremores secundários continuam nas regiões do terremoto, e continuarão durante o dia, podendo haver um tremor de pequena escala aqui. Fico de olho nos noticiários, bastante apreensiva com o que pode acontecer, e o nosso sinal de internet está ruim, o que também causa apreensão e dificulta o contato com nossas famílias."

Devido ao risco de novos tremores, mesmo que em magnitude mais baixa, o governo turco emitiu alerta para que os moradores da capital só saiam de casa em casos de extrema urgência.

Os serviços considerados não essenciais não funcionarão, e as pessoas foram dispensadas do trabalho hoje.

ancara - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Em Ancara, capital da Turquia, apenas serviços de emergência estão operando hoje
Imagem: Arquivo Pessoal

No caso da dançarina, a apresentação que faria foi cancelada e o grupo foi instruído a permanecer no hotel.

Eles podem circular no interior do prédio sem restrições e fazer as refeições no restaurante, mas não devem estocar água e comida para não causar desabastecimento na cidade.

"Eles [governo] disseram que as cidades que foram bastante atingidas vão precisar mais, então não é para a gente ir correndo ao mercado comprar mantimentos ou produtos de higiene para guardar", disse.

Ainda não há informações sobre a rotina de amanhã, se os serviços voltarão a funcionar. Mas todas as escolas foram fechadas até dia 13.

"As pessoas estão todas dentro de suas casas, vemos poucos carros se deslocando, as ruas da cidade estão vazias", detalha.

Terremoto na Turquia e na Síria - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

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