Homem mata mulher com espada samurai, esgana filha e as enterra sob cozinha
Um homem de 52 anos foi condenado pelo assassinato de Bennylyn Burke, 25, e a filha de 2 anos dela, Jellica Burke, após um julgamento que durou cinco dias no Supremo Tribunal de Edimburgo, capital da Escócia. Andrew Innes foi sentenciado à prisão perpétua.
Innes, segundo a sentença, bateu repetidamente na nuca da mulher com um martelo e depois a esfaqueou com uma espada de samurai. A criança morreu por asfixia. Os corpos foram achados queimados e enterrados sob a cozinha da casa do condenado.
Durante o julgamento, o tribunal ainda descobriu que ele abusou sexualmente da criança e estuprou outra menina, dias depois.
A história trágica começou quando Bennylyn se mudou para a Inglaterra, buscando melhores condições que em seu país natal, nas Filipinas. Solitária, ela entrou em um aplicativo de paquera e conheceu Innes, que a levou de Bristol para a Escócia, onde ela foi assassinada.
A investigação aponta que ele era um predador, ia atrás de jovens mulheres e pesquisou "para que se usa clorofórmio" três dias antes de a encontrar.
O julgamento
Innes disse no julgamento que estava "apocalipticamente zangado" quando atingiu Burke com um martelo e a esfaqueou em 23 de fevereiro de 2021. A criança foi morta entre dois e três dias depois.
Segundo o jornal britânico Daily Mirror, Innes admitiu ter matado a mulher e a criança, mas alegou legítima defesa. Ele disse que Bennylyn se lançou contra ele com uma faca de sushi e que ele a matou para se defender. Ao ser preso, quando indagado onde estava o corpo da mulher, Innes disse ao policial Gavin Burns: "Ela está sob o chão da cozinha".
O réu ainda se contradisse e admitiu o assassinato ao se apresentar no banco das testemunhas, no terceiro dia de seu julgamento. O assassinato ocorreu enquanto Bennylyn preparava comida na cozinha quando, disse ele, pensou que ela parecia "um híbrido de sua ex-esposa e amante rejeitada".
Sobre o paradeiro da criança de dois anos, ele revelou que ela estaria enterrada com a mãe, sob o chão da cozinha da residência. "Eu não podia cuidar de uma criança. A criança estava gritando".
Vítima conta detalhes
Em uma entrevista pré-gravada, a segunda menina que ele estuprou contou que o acusado usou um martelo e a espada samurai para matar a mulher.
A menina disse que Jellica foi morta durante um jogo de esconde-esconde e disse ao entrevistador que não poderia salvá-la, porque "não sabia o que estava acontecendo". Ela disse que Innes abusou sexualmente de Jellica e descreveu as repetidas agressões sexuais cometidas contra ela.
O acusado negou os ataques sexuais quando foi preso e em 5 de março disse ao detetive policial Paul Hardie que nunca havia tocado na criança. Mas o júri considerou que isso era mentira, após a apresentação de evidências de DNA em diversos objetos, incluindo algemas e roupas.
O psiquiatra Gordon Cowan, disse ao tribunal que Innes mudou sua história várias vezes quando perguntado sobre as razões de ter matado a mulher. "Está claro que ele guardava ressentimento contra suas ex-parceiras e esta senhora na frente dele, de alguma forma, o lembrou dessas senhoras e ele ficou com raiva, incontrolavelmente com raiva dela".
Innes afirmou ainda que estava "louco devido aos esteroides" prescritos para a doença de Crohn, mas o psiquiatra chamado pelo tribunal disse que não acreditava que o homem de 52 anos pudesse estar debilitado no momento em que assassinou a mulher e a criança
Depois de matá-las, ele confessou que escondeu os corpos sob o chão da cozinha em sua casa, em Dundee. O acusado disse ao tribunal que elas não foram enterradas sob um chão de concreto.
"Eu cavei para elas uma sepultura respeitável e dei a elas um enterro cristão e depois recoloquei o piso. Foi tudo o que fiz", afirmou Innes.
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