EUA dizem que 'balões de vigilância' da China operam pelo mundo todo
O governo dos Estados Unidos declarou hoje que a a China operou em vários países uma frota de balões supostamente de espionagem semelhantes aos que foram derrubados na semana passada em seu território.
"Estes balões são parte de uma frota de balões desenvolvidos para operações de vigilância", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a bordo do avião presidencial Air Force One.
Em anos anteriores, balões chineses foram vistos em vários países dos cinco continentes."
Karine Jean-Pierre
A China afirma que se tratou de um balão meteorológico errante sem objetivo militar, mas Washington o classificou como uma operação de espionagem de alta tecnologia.
Para o governo americano, porém, eles seriam usados pelo governo chinês para obter informações sobre instalações militares de outros países em cinco continentes, especialmente no que se chamam "áreas de interesse estratégico" no Pacífico.
São regiões que vêm emergindo como possíveis pontos de interesse militar para nações "inimigas". Japão, Índia, Vietnã, Taiwan e Filipinas estão entre essas áreas.
Balão abatido. No sábado, depois de cruzar o centro dos Estados Unidos e passar por várias instalações militares secretas, o balão se dirigiu para a costa leste, onde um avião de combate o derrubou.
Segundo funcionários americanos, foram tomadas medidas para evitar que os instrumentos do balão colhessem informações confidenciais.
Por que balões? Diferentemente de satélites, os balões voam mais perto da Terra e desviam suas rotas frequentemente com correntes de vento, dificultando seu rastreio. Além disso, podem desviar de radares e viajar em velocidades menores que satélites. Assim, uma câmera simples em um balão consegue produzir imagens melhores e teoricamente mais seguras que satélites.
Os balões voam em altura de 60.000 pés (cerca de 18 quilômetros) para cima, ainda mais alto do que jatos comerciais.
Militares dos EUA também disseram que balões como o que foi derrubado na semana passada já estiveram em espaço aéreo americano —cinco durante a gestão Trump e outros dois na gestão Biden.
Crise internacional. O incidente do balão fez com que o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, cancelasse uma viagem diplomática a Pequim.
O governo chinês considerou as reações estadunidenses —inclusive de abater o balão— "exageradas".
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