'Lanterna das fadas' ressurge em floresta japonesa após 30 anos de extinção
Pesquisadores da Universidade de Kobe descobriram que uma planta mítica, considerada extinta há 30 anos no Japão, ressurgiu em uma floresta do país: a "lanterna das fadas".
O que aconteceu
A Thismia kobensis é uma planta conhecida por sua aparência semelhante a uma lanterna que parece iluminar o chão da floresta.
A planta ressurgiu em uma floresta perto da cidade de Sanda, a quase 32 quilômetros de distância de seu último ponto de observação, a cidade de Kobe, nos anos 90.
Ela se desenvolve inteiramente sob o solo, não possui folhas e apenas a flor desabrocha para fora.
Trata-se de uma espécie rara que possui adaptações como não realizar o processo de fotossíntese.
Ela obtém nutrientes da degradação de fungos presentes em suas raízes, sob o solo.
O professor Kenji Suetsugu, líder da equipe de pesquisa da Universidade de Kobe, identificou características distintivas que possibilitam identificar essa espécie específica: um anel curto e largo e a presença de numerosos pelos curtos em seu estigma.
A localização recentemente descoberta da Thismia kobensis a torna a espécie de "lanterna das fadas" mais setentrional da Ásia.
Sua espécie irmã, a Thismia americana, descoberta há mais de um século, é a única "lanterna das fadas" conhecida na América do Norte, mas agora é considerada extinta.
Ambas as espécies compartilham características marcantes em sua morfologia floral interna, notavelmente a ausência de glândulas de néctar.
Existem no mundo apenas 90 espécies conhecidas de "lanterna das fadas", e muitas delas estão extintas devido à destruição do habitat.
Espécie encontrada no Brasil
Pesquisadores da Universidade Federal de Jataí (UFJ) encontraram em 2015, no Parque Natural Municipal da Mata do Açude, em Jataí, Goiás, o primeiro exemplar já registrado de uma Thismia panamensis.
A "lanterna das fadas" brasileira é uma minúscula e efêmera flor de tons rosa-claro, que mede em torno de 3 a 6 centímetros.
Esse foi o primeiro registro da espécie Thismia panamensis no Brasil e da família botânica Thismiaceae no Cerrado.
A planta floresce apenas durante três meses na estação chuvosa e o restante do ano apresenta uma estrutura vegetativa enterrada.
Segundo os cientistas, a dispersão das sementes da planta ocorre por respingos de gotas de chuva (ombrohidrocoria).
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