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Zelensky pede ajuda de Lula para reunir lideranças da América Latina

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, nesta quarta-feira (26), que espera convite do presidente Lula (PT) para vir ao Brasil e pediu ajuda para reunir lideranças da América Latina no país. Declaração foi concedida em entrevista à GloboNews.

O que disse Zelensky:

O presidente ucraniano falou que gostaria de contar com a presença de outros líderes latino-americanos na agenda. Zelensky mencionou visitas a outros países, como Estados Unidos, Arábia Saudita e Japão, além de nações europeias, como parte de sua campanha para reunir o maior número possível de aliados em meio à guerra deflagrada pela Rússia.

Zelensky sugeriu que o presidente do Brasil atue como um líder regional, e que Lula ajude a reunir lideranças da América Latina para ouvir a mensagem da Ucrânia."Preciso de coisas concretas. Primeiro, que ele reúna a América Latina e nos dê oportunidade de fazer uma reunião e conversar. É apoio político".

O líder da Ucrânia disse que não teria problema em viajar ao Brasil, mas que precisaria avaliar o seu tempo, e justificou que a Ucrânia está em guerra. "Não tenho problemas com isso, é só tempo que me falta".

O presidente ucraniano destacou que quando dois presidentes não se encontram "significa que há algo de errado entre os povos". Ele falou também que não entende a razão de ainda não ter se reunido presencialmente com Lula. "Está errado", afirmou.

Zelensky detalhou que não quer culpar pessoas ou circunstâncias, mas lembrou que já fez o convite para Lula visitar a Ucrânia. "Ele não pôde vir, eu o convidei. Veja, deixando de lado essas coisas todas, eu tenho interesse, sim, em me encontrar com o seu presidente. Ele não pode vir devido ao perigo, tudo bem, eu vou até ele".

A América Latina é muito importante para mim, especialmente o Brasil. Os outros países também. Eu queria, sim. Se eu receber o convite, eu vou. Se ele [Lula] conseguir reunir outros líderes da América Latina, podemos nos reunir no Brasil. Ou em outro lugar. Isso também vai ajudar muito o mundo todo, para que a paz chegue.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

Apoio do Brasil

Volodymyr detalhou que não vai pedir armas ao Brasil. "Por que faria isso? Sei que não vai me dar", disse. Ele falou que o apoio que espera do país é que acreditem na soberania da Ucrânia. "Sei que Lula e a sociedade brasileira apoiam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, e precisamos desse apoio, sim".

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O líder ucraniano também disse esperar que o Brasil possa contribuir para uma solução do Acordo de Grãos no Mar Negro.

Sobre a guerra na Ucrânia, Zelensky diz que acredita que a paz ainda pode ser alcançada por meios diplomáticos, "Se a Rússia sair do nosso território soberano, a diplomacia vai entrar", revelou.

Ucrânia afirma ter interceptado mísseis da Rússia

O Exército ucraniano anunciou ter interceptado 36 mísseis de cruzeiro lançados pela Rússia, em uma nova onda de bombardeios após mais de 17 meses de conflito. "Em 26 de julho, foram destruídos 36 mísseis de cruzeiro do inimigo", escreveu no Telegram Mykola Oleshchuk, comandante da Força Aérea Ucraniana.

O comando militar não especificou se os mísseis russos atingiram seu alvo durante o ataque, mas o presidente ucraniano afirmou depois que "alguns mísseis" realmente o fizeram.

Zelensky também destacou que os sistemas de defesa antiaérea, a maioria deles de países ocidentais, haviam feito "um excelente trabalho".

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O ataque ocorreu na província de Khmelnytski, no oeste da Ucrânia. Desde duas semanas atrás, a Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, tem multiplicado seus bombardeios contra a ex-república soviética, principalmente contra as infraestruturas de exportação de grãos no porto de Odessa, às margens do Mar Negro.

Com Reuters e AFP

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