Conteúdo publicado há 11 meses

Dino: suposto espião russo não será extraditado agora

O ministro da Justiça Flavio Dino afirmou que não está prevista para o momento a extradição do suposto espião russo Sergey Cherkasov, preso no Brasil há mais de um ano.

O que aconteceu

Dino explicou que o russo ficará no Brasil com base em tratados e na Lei da Migração. Em uma postagem nas redes, o ministro disse que foram dois pedidos de extradição referentes a Cherkasov.

Em nota, o Ministério da Justiça disse que recebeu dois pedidos de extradição: "um primeiro, enviado pela Federação da Rússia; e outro subsequente, solicitado pelos Estados Unidos da América".

O requerimento norte-americano foi negado por ser "improcedente, uma vez que o acusado já possui pedido de extradição homologado pelo STF", que é a solicitação russa (leia mais abaixo).

STF quer conclusão das investigações

Cherkasov nega ser um espião da Rússia e usava documentos falsos com o nome de Victor Muller Ferreira. Após ser descoberto por autoridades holandesas, ele foi deportado ao Brasil, mas a Rússia pede que ele retorne porque ele seria acusado de tráfico de drogas.

O russo está em prisão preventiva sob a acusação de uso de documento falso desde abril de 2022. Ele também é investigado por atos de espionagem, lavagem de dinheiro e corrupção.

O STF decidiu, no fim de março, que Cherkasov só poderá voltar à Rússia após o fim das investigações criminais contra ele. A presidente do STJ rejeitou o argumento da defesa de que o tempo de prisão — 15 meses — seria excessivo, já que, segundo ela, não há prazos atrasados no processo.

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EUA também pediram extradição

O governo dos Estados Unidos pediu em abril a extradição do russo. Segundo noticiou a BBC News Brasil na ocasião, a informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores, mas Cherkasov segue preso no Brasil.

Os EUA o acusam de fazer parte de um grupo considerado a elite da espionagem russa. Os norte-americanos afirmam que Cherkasov usava a identidade brasileira para se infiltrar em instituições e obter informações estratégicas do governo norte-americano.

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