Vítimas gravam vídeo se escondendo antes de serem mortas pelo Hamas; veja
Colaboração para o UOL, em São Paulo
11/10/2023 22h30
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram algumas pessoas se escondendo de extremistas do Hamas durante a invasão a Israel no último sábado (7). Posteriormente, alguns jovens que estavam nesse grupo que buscava se proteger aparecem mortos.
O que aconteceu:
As vítimas se esconderam em uma base militar de Zakim. Na primeira parte do vídeo, é possível ver o grupo de pessoas se esconder no banheiro, entre os quais um militar armado com metralhadora. É possível ouvir tiros e gritos, enquanto eles tentam se proteger.
Na outra parte do registro, pelo menos três dos jovens que aparecem na gravação estão mortos. Eles foram assassinados por extremistas da Brigada Izz el-Deen al-Qassam, um braço armado do Hamas, que postou as imagens com os mortos nas redes sociais.
Ao divulgar a gravação, o braço armado do Hamas se referiu às vítimas como "soldados inimigos". "Cenas do ataque dos comandos da Brigada Al-Qassam à base militar de Zikim e a captura de um grupo de soldados inimigos. Sábado, 7 de outubro de 2023".
Netanyahu formou governo de emergência em Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se uniu à oposição a seu governo e criou um governo de emergência em meio à guerra contra o grupo extremista Hamas.
Na prática, o acordo funciona como uma espécie de "carta-branca" para o premiê tomar medidas de emergência sem o bloqueio de oposicionistas. Isso ocorre porque os partidos governistas não têm maioria no Parlamento israelense, o que permite que a oposição possa vetar propostas do governo.
Governo será formado por Netanyahu, líder oposicionista e um pequeno número de ministros. O anúncio da formação desse governo foi feito em pronunciamento conjunto por Netanyahu e Benny Gantz, líder do partido oposicionista Unidade Nacional.
Gantz também pediu a criação de um "gabinete de guerra". Esse grupo seria formado somente por ele, Netanyahu e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. O jornal The Times of Israel diz que, mesmo assim, o premiê teria insistido para ter a palavra final nesse gabinete.
Ataques sobre Gaza deslocam 263 mil palestinos e atingem 12 mil prédios
A ONU aponta que mais de 263 mil palestinos foram deslocados de suas casas, como resultado dos mísseis disparados na contraofensiva de Israel sobre Gaza.
Mais de 175 mil pessoas deslocadas estão sendo acolhidas em escolas da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos.
Mais de mil residências em Gaza foram destruídas e cerca de 560 foram gravemente danificadas e tornadas inabitáveis. Outras 12,6 mil sofreram danos menores, segundo dados publicados pela ONU nesta quarta-feira (11).
Os ataques aéreos israelenses também danificaram sete instalações que forneciam água e serviços de saneamento a mais de 1,1 milhão de pessoas, informou a ONU. Em algumas zonas, os esgotos e os resíduos sólidos acumulam-se nas ruas, constituindo um perigo para a saúde.
Os 13 hospitais e outras instalações de saúde em Gaza estão apenas parcialmente operacionais devido à escassez de abastecimento e ao racionamento de combustível. O hospital de Beit Hanoun está também inacessível devido aos danos causados nas zonas circundantes.