Ataques sobre Gaza deslocam 263 mil palestinos e atingem 12 mil prédios
A ONU aponta que mais de 263 mil palestinos foram deslocados de suas casas, como resultado dos mísseis disparados por Israel sobre Gaza. O volume é 40% a mais que o da terça-feira.
Mais de 175 mil pessoas deslocadas estão sendo acolhidas em escolas da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos.
De acordo com os dados publicados pela ONU nesta quarta-feira, mais de mil residências em Gaza foram destruídas e cerca de 560 foram gravemente danificadas e tornadas inabitáveis. Outras 12,6 mil sofreram danos menores.
Segundo a ONU, os ataques aéreos israelitas também danificaram sete instalações que forneciam água e serviços de saneamento a mais de 1,1 milhão de pessoas. Em algumas zonas, os esgotos e os resíduos sólidos acumulam-se nas ruas, constituindo um perigo para a saúde.
Com o corte do abastecimento de água de Israel para Gaza, há uma grave escassez de água potável que afeta mais de 650 mil pessoas.
Os ataques aéreos israelitas também danificaram sete instalações que forneciam água e serviços de saneamento a mais de 1,1 milhão pessoas. Em algumas zonas, os esgotos e os resíduos sólidos acumulam-se nas ruas, constituindo um perigo para a saúde.
Os 13 hospitais e outras instalações de saúde em Gaza estão apenas parcialmente operacionais devido à escassez de abastecimento e ao racionamento de combustível. O hospital de Beit Hanoun está também inacessível devido aos danos causados nas zonas circundantes.
O subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, afirmou ontem que a escala e a rapidez do que se está ocorrendo nos Territórios Palestinianos Ocupados e em Israel são de "arrepiar".
"Centenas de israelitas foram mortos e milhares ficaram feridos, com muitos a serem mantidos em cativeiro", disse. "Entretanto, na Faixa de Gaza, densamente povoada, centenas de palestinianos foram mortos e milhares ficaram feridos em bombardeamentos intensos", afirmou.
Sua mensagem para todas as partes é inequívoca. "As leis da guerra devem ser respeitadas. As pessoas detidas devem ser tratadas com humanidade. Os reféns devem ser libertados sem demora", disse.
Ele acrescentou ainda que, durante as hostilidades, os civis e as infra-estruturas civis devem ser protegidos. "Os civis devem ser autorizados a sair para zonas mais seguras. E a ajuda humanitária e os serviços e fornecimentos vitais para Gaza não devem ser bloqueados", disse.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, fez um apelo para que seja autorizada a entrada em Gaza de fornecimentos essenciais para salvar vidas - incluindo combustível, alimentos e água. "Precisamos agora de um acesso humanitário rápido e sem entraves", disse. "Não há tempo a perder. Cada momento conta", completou.
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