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Israel diz ter matado viúva de fundador do Hamas e líder de grupo radical

Do UOL, em São Paulo

19/10/2023 03h41Atualizada em 19/10/2023 10h26

A guerra chega ao 13º dia, e os bombardeios de Israel continuam. Na madrugada desta quinta-feira, as IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) declararam ter matado Jamila al-Shanti, a viúva do co-fundador do Hamas, Abdel Aziz al-Rantisi. Os militares também afirmam que o chefe da ala militar do grupo terrorista Comitês de Resistência Popular de Gaza está morto.

O que aconteceu

A primeira mulher eleita para o gabinete político do grupo Hamas foi morta num ataque aéreo de Israel. A morte de Jamila al-Shanti foi noticiada pelos meios de comunicação da Faixa de Gaza.

Al-Shanti tornou-se em 2021 a primeira mulher eleita para o gabinete político do Hamas, o seu mais alto órgão de decisão. Rantisi foi morto em 2004 por um ataque aéreo israelense.

Rafat Abu Hilal, chefe da ala militar do grupo radical Comitês de Resistência Popular de Gaza, foi morto durante as operações das IDF na madrugada de hoje. A informação é da agência de Segurança de Israel, conhecida como Shin Bet.

Os Comitês de Resistência Popular são o terceiro maior grupo extremista na Faixa de Gaza, depois do Hamas e da Jihad Islâmica.

A Defesa de Israel afirmou também que ao menos dez membros das chamadas forças de comando Nukhba do Hamas foram mortos nos ataques. Segundo o governo israelense, eles lideraram o atentado de 7 de Outubro.

Além disso, as IDF afirmam ter destruído centenas de locais do Hamas, incluindo pontos de lançamento de mísseis, poços de túneis, infraestruturas de inteligência e vários centros de comando.

Mais de 40 pessoas morreram e pelo menos 21 ficaram feridas, em ataques aéreos realizados antes do amanhecer pelas forças de Benjamin Netanyahu no sul da Faixa de Gaza.

As forças israelenses atacam diversas áreas na Cisjordânia ocupada, matando várias pessoas, incluindo dois adolescentes.

Biden diz que ajuda humanitária pode começar nesta sexta

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou, na madrugada desta quinta-feira, que a ajuda humanitária à Faixa de Gaza através do Egito pode começar já na sexta-feira. Na tarde de ontem, o governo de Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. O socorro deve entrar pela fronteira com Egito.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, concordou em abrir a passagem de Rafah para cerca de 20 caminhões que transportam ajuda humanitária para a cidade de Gaza.

Mais de 200 caminhões e cerca de 3.000 toneladas de ajuda estão posicionados na passagem de Rafah ou perto dela, disse o chefe da Cruz Vermelho Khalid Zayed.

Os suprimentos ficarão sob supervisão da ONU, disse o ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry, à TV Al-Arabiya.

Em Tel Aviv, o presidente norte-americano se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Antes, Israel já havia afirmado que, a pedido de Biden, concordou em permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.

"Diante do pedido do presidente [dos EUA, Joe] Biden, Israel não impedirá o envio de ajuda humanitária pelo Egito", indicou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O comunicado diz que Israel "não impedirá" as entregas de alimentos, água ou medicamentos do Egito, desde que sejam limitadas a civis no sul da Faixa de Gaza e não sejam destinadas aos membros do Hamas. O declaração não fez menção ao combustível, extremamente necessário para geradores hospitalares.

EUA vetam proposta na ONU

Um veto dos Estados Unidos impediu que a ONU recomendasse uma pausa humanitária na guerra entre Israel e Hamas. Em votação do Conselho de Segurança nesta quarta-feira (18), o país foi o único a rejeitar a resolução proposta pelo Brasil.

Dos 15 países do Conselho de Segurança da ONU, 12 votaram a favor da proposta brasileira, mas o texto não foi aprovado. Como um dos cinco membros permanentes do conselho, os EUA têm poder de veto sobre qualquer resolução.

O veto dos EUA à proposta na ONU foi alvo de críticas. Além de embaixadores de países como China e Rússia, organizações como a Human Rights Watch, se disseram decepcionadas com a rejeição do texto.

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