Como ataque a hospital em Gaza inflamou protestos pelo mundo

O ataque a um hospital na Faixa de Gaza que deixou ao menos 471 mortos desencadeou uma série de protestos pelo mundo, cobrando os respectivos governos a agir contra Israel.

Há uma disputa de narrativas sobre o bombardeio. O grupo extremista Hamas acusa Israel de ser responsável pelo atentado, que chamou de "genocídio". O governo israelense, por sua vez, disse que informações de inteligência apontam que o bombardeio ocorreu após um ataque mal-sucedido do grupo Jihad Islâmica, também combatido pelo país na região.

O grupo chamou a acusação de "mentira" e disse que Israel tenta "encobrir o massacre que cometeram contra civis".

Onde ocorreram os protestos

Cisjordânia

18.out.2023 - Menino agita bandeira palestina enquanto manifestantes enfrentam soldados israelenses durante um protesto em Ramallah, na Cisjordânia
18.out.2023 - Menino agita bandeira palestina enquanto manifestantes enfrentam soldados israelenses durante um protesto em Ramallah, na Cisjordânia Imagem: Thomas Coex/AFP

Em Ramallah, as forças de segurança palestinas dispararam gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral para dispersar manifestantes. Eles atiraram pedras e gritavam contra o presidente Mahmoud Abbas. Horas depois, Abbas anunciou o cancelamento de uma cúpula em Amã ao lado do presidente americano Joe Biden, justificando que ele precisava estar "ao lado de seu povo".

Líbano

18.out.2023 - Protesto organizado pelo grupo Hezbollah em Beirute, no Líbano, após um ataque que devastou um complexo hospitalar em Gaza
18.out.2023 - Protesto organizado pelo grupo Hezbollah em Beirute, no Líbano, após um ataque que devastou um complexo hospitalar em Gaza Imagem: ANWAR AMRO/ AFP
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Em Beirute, protestos organizados pelo Hezbollah foram registrados contra a embaixada dos EUA e da França. Para o Hezbollah, o "ataque (contra o hospital) revela a verdadeira face criminosa dessa entidade e de seu patrocinador, os Estados Unidos, que têm responsabilidade direta e total por esse massacre".

Tunísia

18.out.2023 - Manifestantes seguram boneco representando um bebê enquanto entoam slogans durante uma manifestação contra Israel em frente à sede da embaixada francesa na Tunísia
18.out.2023 - Manifestantes seguram boneco representando um bebê enquanto entoam slogans durante uma manifestação contra Israel em frente à sede da embaixada francesa na Tunísia Imagem: Fethi Belaid/AFP

Centenas de manifestantes tomaram as ruas próximas à embaixada da França para se manifestar.

Turquia

18.out.2023 - Manifestantes carregam faixa que diz "Palestina Livre" enquanto marcham em apoio aos palestinos em Ancara, na Turquia
18.out.2023 - Manifestantes carregam faixa que diz "Palestina Livre" enquanto marcham em apoio aos palestinos em Ancara, na Turquia Imagem: Adem ALTAN/AFP
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Em Istambul, houve uma tentativa de invasão do consultado israelense e a polícia teve de intervir. A capital Ancara também registrou protestos.

Irã

18.out.2023 - Pessoas agitam bandeiras palestinas e também do Hezbollah em protesto em Teerã em apoio aos palestinos em Gaza
18.out.2023 - Pessoas agitam bandeiras palestinas e também do Hezbollah em protesto em Teerã em apoio aos palestinos em Gaza Imagem: ATTA KENARE/AFP

Uma marcha com centenas de pessoas começou na Praça Palestina, em Teerã, e se direcionou até as portas da embaixada da França e do Reino Unido.

Canadá

Manifestantes se reuniram na noite de ontem em frente ao consulado israelita no centro de Toronto. Segundo a imprensa local, havia bandeiras palestinas e cartazes com pedidos de "Palestina Livre". Também houve registros de atos em Montreal.

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Estados Unidos

17.out.2023 - Manifestantes fazem vigília em apoio aos palestinos em Nova York
17.out.2023 - Manifestantes fazem vigília em apoio aos palestinos em Nova York Imagem: Alex Kent / AFP

Centenas de pessoas reuniram-se em frente à Casa Branca, em Washington, na noite de ontem para protestar contra os ataques israelenses em Gaza. O ato foi organizado pelo Movimento da Juventude Palestina. Havia cartazes com os dizeres "Netanyahu é um criminoso de guerra", em referência ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e gritos de "Palestina livre" e "Viva Gaza".

Em Nova York, no Washington Square Park, manifestantes pró-Palestina e Israel protestaram, separados por uma fila de policiais.

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