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Gaza pede combustível para geradores em hospitais; ONU negocia novo comboio

Palestinos feridos no ataque ao hospital Al-Ahl, em Gaza, esperam atendimento no hospital Al-Shifa, para o qual foram levados Imagem: Ali Jadallah - 17.out.23/Anadolu via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

21/10/2023 17h50Atualizada em 21/10/2023 19h08

O Ministério da Saúde palestino na Faixa de Gaza afirmou que os hospitais estão ficando sem combustível para geradores de energia — suprimentos que não chegaram ao local nos primeiros comboios de ajuda humanitária enviados através da passagem do Egito.

O que aconteceu

"Pedimos à comunidade internacional que importe suprimentos médicos e combustível para os hospitais", afirmou em nota o órgão, ligado à administração palestina de Gaza, que está sob controle do Hamas.

O ministério também afirma que sete hospitais não estão operantes devido aos ataques aéreos e à falta de combustível para os geradores.

Além dos serviços de saúde, os hospitais estão sendo utilizados como abrigos por muitas famílias. Ontem, alguns locais receberam ordens de evacuação de Israel, um "alerta" a ataques aéreos, mas profissionais de saúde afirmam que é impossível deixar o local com os pacientes desassistidos. O diretor da OMS criticou a ordem.

O Ministério da Saúde está trabalhando para manter em funcionamento unidades essenciais, como hemodiálise, trabalho de parto e parto, salas de cirurgia de cesariana, serviços de oncologia, vacinação e outros serviços importantes, paralelamente ao tratamento dos feridos dos ataques aéreos israelenses com os recursos limitados disponíveis.
Nota do Ministério da Saúde operante na Faixa de Gaza

Número de mortos, segundo o ministério, chegou a 4.137 — sendo a maioria crianças e mulheres. "Pedimos à comunidade internacional que interrompa os ataques israelenses e acabe com esses massacres na Faixa de Gaza", afirmam em nota.

Um primeiro comboio de 20 caminhões — dos mais de 200 que faziam fila — chegou a Gaza pela passagem de Rafah, que cruza do Egito, neste sábado, mas as tentativas de entregar bens e mantimentos ao enclave sitiado têm sido travadas pelas exigências israelenses de verificação.

O comboio foi anunciado pelo presidente norte-americano, Joe Biden, após uma viagem para Israel na quarta-feira (18) e não foi alvo de uma inspeção como as que as autoridades dizem que será necessária para entregas contínuas.

A inspeção dos outros veículos seria um dos pontos de conflito. Um representante das forças de segurança do Egito relatou à ABC News que os israelenses querem examinar tudo que está sendo enviado à Gaza. O objetivo seria garantir que não haja nada que possa ajudar o Hamas. Paralelamente, Israel continua com bombardeios próximos dali, o que também impede a passagem dos caminhões.

A ONU negocia uma nova leva de suprimentos básicos para a região. "Estamos negociando neste exato momento que talvez consigamos enviar outro comboio amanhã (domingo, 22), talvez até um pouco maior, 20 a 30 caminhões", disse o chefe de auxílio humanitário da ONU, Martin Griffiths, em uma entrevista durante uma conferência sobre Gaza no Cairo.

"É incrivelmente importante que não haja um intervalo na ajuda que está cruzando a fronteira", disse. A ONU afirmou que 100 caminhões são necessários diariamente para cumprir as necessidades essenciais em Gaza, onde Israel impôs um "cerco total", enquanto bombardeia o enclave em retaliação à invasão letal de militantes do Hamas.

*Com informações da Reuters

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