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No Egito, Vieira pede fim de derramamento de sangue e de carência de comida

Representante do Brasil na cúpula convocada pelo Egito para discutir a crise humanitária em Gaza, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que é chegada a hora de encerrar o que chamou de "derramamento de sangue". A guerra já matou mais de 5 mil pessoas.

O que aconteceu:

Vieira disse que o Brasil levará à reunião a mensagem de que medidas de ajuda humanitária devem ser tomadas para aliviar o sofrimento da população em Gaza. As declarações dele foram dadas antes do início da cúpula, em Cairo.

Não é possível mais que continue com uma carência absoluta de todos os víveres, de todos os bens de primeira necessidade, até de água. Precisamos discutir essa questão antes que a situação se transforme num problema humanitário de maior volume ainda. A expectativa é que se crie uma consciência de que é chegado o momento de pôr um ponto final a esse derramamento de sangue e a essa guerra que, no fundo, afeta todo mundo.
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores

A visita do ministro ainda será marcada pela tentativa de convencer as autoridades egípcias de permitir a saída de cerca de 30 brasileiros que continuam bloqueados em Gaza. Segundo o colunista do UOL Jamil Chade, Vieira terá encontros bilaterais com as autoridades egípcias, na esperança de convencê-los a permitir que esses brasileiros possam sair.

O convite para a cúpula havia sido feito ao presidente Lula (PT), mas, ainda se recuperando de cirurgia, ele instruiu que seu representante fosse o chefe do Itamaraty. Além de Brasil e Egito, participam da cúpula representantes de Jordânia, Catar e Turquia, de outros países do Oriente Médio e da Europa.

O encontro é o primeiro de alto nível desde que a proposta costurada pelo Brasil foi derrubada pelos EUA, em reunião do Conselho de Segurança da ONU, na quarta-feira (18). Segundo nota do governo brasileiro, a agenda do encontro também inclui um debate sobre os atos do Hamas contra Israel, e ainda a questão da reação israelense a esses atos de violência.

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