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'Apoio cego a Israel é licença para matar', diz premiê da Palestina

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, fala durante uma reunião de gabinete na cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada por Israel, em 16 de outubro de 2023 Imagem: POOL/via REUTERS

Do UOL, em São Paulo

21/10/2023 09h38Atualizada em 21/10/2023 09h42

O primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh, criticou o "apoio cego" de alguns países a Israel.

O que aconteceu:

O premiê diz que as visitas de líderes mundiais a Tel Aviv "deram luz verde para Israel continuar seu ataque a Gaza". Ele deu um entrevista à CNN dos EUA.

Nesta semana, o presidente americano Joe Biden e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, foram a Israel e declararam publicamente apoio ao governo de Benjamin Netanyahu.

Depois da viagem de Biden, a Casa Branca pediu ao Congresso que libere milhões de dólares para financiar a ofensiva de Israel.

O apoio cego a Israel é uma licença para matar. Espero que os Estados Unidos não sigam nessa direção. Os esforços internacionais deveriam ser pela paz, não para agressão.
Primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh

O premiê Shtayyeh também se negou a condenar os ataques do Hamas em 7 de outubro, quando extremistas invadiram uma festa eletrônica e mataram centenas de civis e sequestraram outros. "Israel não está sob ameaça existencial".

A história palestina não começa em 7 de outubro. A catástrofe palestina existe há 75 anos, e temos chorado alto, e temos gritado em alto e bom som [que] precisamos de uma solução.

A condenação deveria ser [pelo] assassinato de todo civil, todo ser humano que não merece morrer. Deveríamos condenar isso.
Primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh

O premiê afirmou os EUA deveriam "apelar às partes para se sentarem e trabalharem juntas por uma solução pacífica".

Ele também pediu um esforço internacional liderado pelo Conselho de Segurança da ONU pelo fim do conflito entre Israel e Palestina.

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