Tales: Lula só não tira embaixador do cargo por brasileiros presos em Gaza
O presidente Lula (PT) só não tira o embaixador do cargo em Israel porque ainda tem brasileiros presos em Gaza, afirmou o colunista do UOL Tales Faria durante o UOL News desta quinta-feira (9) ao analisar o encontro do embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros parlamentares na Câmara dos Deputados.
A informação que eu tenho é que o Palácio do Planalto só não está tendo uma reação dura com relação ao encontro porque precisa proteger os brasileiros que estão em Gaza. Esses sujeito, em condições normais, seria chamado a prestar informações ao Lula sobre porque agiu dessa forma, fazer uma reunião com a oposição, o adversário que acabou de ser derrotado nas eleições.
Para Tales Faria, Daniel Zohar Zonshine teve "um gesto de interferência inaceitável" ao se reunir com a oposição.
O jeito que ele agiu, se reunindo com a oposição do país, é um gesto de interferência inaceitável que nenhum diplomata faria, e ele fez. Então, ou ele é um mau diplomata, que é o que parece, ou é um sujeito agressivo que quer criar confusão.
Mais cedo, em entrevista ao UOL, em embaixador negou que o evento realizado nesta quarta-feira (8) na Câmara dos Deputados tenha sido para atacar o governo Lula (PT).
Kotscho: Embaixador de Israel é um provocador, não um diplomata
O comentarista do UOL News Ricardo Kotscho também criticou o encontro do embaixador israelense com Jair Bolsonaro e afirmou que o diplomata é um provocador.
Esse embaixador de Israel não tem prestígio nem em Israel. Se ele tivesse, poderia telefonar para o primeiro-ministro dele para saber porque não libera os brasileiros. Ele é um provocador, não é um diplomata. O que ele está fazendo no Brasil não é coisa de diplomata.
Kotscho ainda analisou a afirmação de Zonshine de que a reunião com a oposição não tem a ver com política.
É cinismo puro desse embaixador, ele está provocando. E é uma situação difícil do governo. A situação dos brasileiros lá é difícil, passa uma agonia, uma angústia não só para quem está lá, mas também para os familiares que estão no Brasil. Os brasileiros foram os primeiros a chegar nas fronteiras do Egito, já saíram milhares de pessoas e eles continuam lá. É preciso investigar por que isso está acontecendo.
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