Conteúdo publicado há 6 meses

Embaixador de Israel rebate críticas: 'Reunião não era para atacar ninguém'

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, negou que o evento realizado nesta quarta-feira (8) na Câmara dos Deputados tenha sido para atacar o governo Lula (PT), durante entrevista no UOL News da manhã desta quinta-feira (9).

No evento, o ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu com parlamentares e com o embaixador.

A ideia do evento era demonstrar para representantes do povo brasileiro o que aconteceu lá [em Gaza] em 7 de outubro. Convidamos só parlamentares de vários partidos, incluindo o PT.

Não era intenção de fazer isso [atacar] em um evento político. A ideia era mostrar para as pessoas que, um mês depois, elas esqueceram o que aconteceu lá e porque começou tudo. Nossa intenção era mostrar para vários parlamentares de vários partidos.

Não era intenção fazer um ataque político contra o governo [...] Não convidamos ninguém para atacar ninguém, convidamos parlamentares com uma intenção bem clara. A intenção não era se tornar um evento político.

O que aconteceu:

No encontro, segundo publicação de Bolsonaro nas redes sociais, foi exibido um "filme sobre as atrocidades do Hamas" no dia dos primeiros ataques a Israel, em 7 de outubro.

Outros detalhes da reunião não foram divulgados. O ex-presidente divulgou um vídeo curto da reunião nas redes sociais, e parlamentares publicaram imagens.

O embaixador Daniel Zohar Zonshine disse que o Hamas é responsável pelo atraso na saída de brasileiros de Gaza. "O Hamas é o único fator atrasando a saída de brasileiros da Faixa de Gaza por seus próprios interesses", afirmou, em vídeo divulgado hoje.

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"Tem que lembrar que estamos em guerra total contra uma organização terrorista que espalha desinformação para continuar criando terror", acrescentou.

Embaixador de Israel diz não saber por que brasileiros não estão em lista

Quem pode sair e quem não pode sair da Faixa de Gaza não depende totalmente de Israel, disse o embaixador Daniel Zonshine durante entrevista ao UOL News da manhã desta quinta-feira (9).

Nesta quinta-feira (9), o Egito reabriu a fronteira no posto de Rafah, mas não divulgou uma sétima lista de estrangeiros autorizados a deixar o território, palco de uma operação militar de Tel Aviv desde que o Hamas, o grupo palestino que o governa, lançou um ataque contra Israel há pouco mais de um mês.

Tem cota diária, que não é feito por Israel. Às vezes, o Hamas não permite a saída de pessoas por razões deles. Tem americanos que ainda estão lá.

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Tem diferentes condições e diferentes coisas que não dependem totalmente de Israel. Tem listas e tem coisas imprevisíveis, como quem pode sair e quem não pode sair.

Zonshine diz não saber o critério para as pessoas deixarem o território de guerra.

Não sei quais são os critérios. Posso dizer de maneira bem clara que não se trata de quem é mais amigo de Israel ou não.

Não é só uma decisão de Israel. Não são critérios políticos.

Esta pressão para incluir brasileiros na lista não depende só de Israel. Nós estamos fazendo esforço para incluí-los.

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