Homem toma microfone de Greta Thunberg durante discurso em marcha climática
Greta Thunberg, ativista ambiental sueca, teve seu discurso interrompido durante uma marcha pela justiça climática em Amsterdã. Após uma convidada da jovem dizer frases pró-Palestina no palco, um homem invadiu o espaço e tomou o microfone. "Vim aqui para uma manifestação climática, não para uma visão política", protestou.
O que aconteceu?
Ontem, 70 mil pessoas estiveram na marcha pelo clima e pela justiça Klimaat Mars. O evento defendia que a crise climática é relacionada a outros problemas de cunho social, como o racismo e a pobreza.
Greta discursou sobre a necessidade de "ouvir as vozes daqueles que estão sendo oprimidos e daqueles que lutam pela liberdade e pela justiça", segundo o canal europeu Sky News.
A ativista cedeu espaço de fala para uma mulher palestina, que defendeu a liberdade de seu povo durante o discurso: "do rio ao mar, a Palestina se libertará", declarou. A fala foi interrompida pela organização do evento.
Quando Greta iria retomar seu discurso, um homem subiu ao palco e tomou o microfone, acusando a jovem de transformar a marcha em um evento político. "Vim aqui para uma manifestação climática, não para uma visão política", reclamou.
O manifestante foi escoltado para fora do palco. De acordo com Sky News, ele vestia uma jaqueta verde com o nome do grupo Water Natuurlijk, que teve representantes eleitos para os conselhos de água holandeses. Esses conselhos são responsáveis por gerenciar os níveis de água, qualidade de água e a segurança das regiões.
Após a saída do invasor, Greta puxou um coro com a multidão dizendo que "não há justiça climática em terras ocupadas".
Contexto holandês
Esse foi o maior protesto climático que já aconteceu na Holanda, segundo os organizadores. Milhares de pessoas caminharam pelo centro histórico da capital pedindo o combate às mudanças climáticas.
A marcha aconteceu poucos dias antes das próximas eleições nacionais do país, marcadas para o dia 22 de novembro. O cargo de primeiro-ministro tem sido ocupado interinamente desde julho. Na época, Mark Rutte, político que ocupou a posição por mais tempo na história dos Países Baixos, deixou o cargo por divergências entre os partidos da coalizão.
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